“Uma dádiva salva até três vidas.” Hospitais têm falta de sangue

10.7.2024 –

Instituto Português do Sangue tem apenas três dias de reservas para alguns grupos sanguíneos.

Faltam reservas de sangue para alguns grupos sanguíneos. O Instituto Português do Sangue afirma que esta é uma situação que não costuma acontecer tão cedo nesta altura do ano. Os grupos A positivo e negativo e O positivo e negativo são os mais carenciados.

Temos maior carência do que em período homólogo do ano passado em vários grupos sanguíneos, nomeadamente A positivo e negativo e O positivo e negativo”, admite a Presidente do Instituto Português do Sangue (IPS). “Não é habitual estarmos no início do mês de julho e já necessitamos de um reforço das reservas”, acrescenta Maria Antónia Escoval.

A presidente do IPS ensaia uma explicação: “Pensamos que se deve ao aumento das infeções respiratórias que nesta altura do ano não são habituais, nomeadamente casos de Covid, também à ausência dos dadores habituais [que foram] de férias, e na Europa começam a aparecer doenças emergentes, como o dengue em França, que nos leva a algumas suspensões [de dádivas] por motivo de viagens.” “O ótimo são sete dias de reserva de sangue”, mas para O negativo e A negativo há cinco dias de reservas, para O positivo quatro dias e para A positivo apenas três dias.

Diariamente nos hospitais portugueses são necessárias 1000 a 1100 unidades de sangue. Maria António Escoval lembra que o sangue não é só necessário para as cirurgias, faz falta para múltiplas patologias, como as situações oncológicas ou de trauma. “Peço a todas as pessoas que possam dar sangue, que façam a sua dádiva. Uma dádiva salva até três vidas e este é um ato de solidariedade com o próximo de extrema importância”, apela a presidente do IPS.

Maria Augusta Casaca/ TSF