Um Sporting de serviços mínimos à espera de Bas Dost

Leões abusaram do jogo pelas alas e cruzamentos para a área; SC Loures foi competente a defender e atrevido a atacar.

O Sporting segue em frente na Taça de Portugal, após vencer o GS Loures, por 2-1, mas ao contrário do que se poderia esperar, a equipa do Campeonato de Portugal não ofereceu facilidades a uma equipa leonina que se apresentou com muitas novidades no onze, mas em que acabaram por ser os titulares Bruno Fernandes e Nani a fazerem os golos dos leões. Juninho fez o tento de honra do Loures, já nos minutos de desconto, chegando a assustar o leão. A diferença acabou por estar na qualidade individual, porque a exibição do Sporting foi pobre, de serviços mínimos, e com uma ideia a destacar-se: o uso e abuso do jogo pelas alas, construindo pouco pela zona central. A equipa parece estar formatada para Bas Dost, que ainda não está operacional, e foram vários os cruzamentos para os quais Castaignos não estava preparado.

Com o jogo com o Arsenal na mente, Peseiro mexeu em todos os sectores da equipa, com destaque para a titularidade do avançado holandês, ficando Montero no banco. Renan Ribeiro fez a estreia a titular e Marcelo somou os primeiros minutos de leão ao peito. Não foi de estranhar que o Sporting tenha tido mais bola, mas pela frente encontrou um adversário bem organizado defensivamente, com duas linhas de quatro muito juntas e a roubar espaço aos leões que não conseguiam criar pela zona central.

Era gritante a falta de ideias do Sporting para construir e criar situações de perigo junto à área do Loures. À exceção de um livre de Bruno Fernandes e de um cabeceamento de Jovane Cabral pouco mais fez o Sporitng na primeira parte. O Loures, que conseguiu reduzir muito o espaço entre-linhas no corredor central, nunca se amedrontou e conseguiu mesmo chegar à área leonina. Já perto do intervalo, Bruno Fernandes resolveu todos os problemas que o Sporting estava a encontrar com um poderoso remate de meia distância a cerca de trinta metros da baliza de Miguel Soares, que deu a ideia de ter sido mal batido.

A segunda parte trouxe um Sporting mais rápido, a tentar chegar ao segundo golo para poder começar a gerir. E Bruno Fernandes teve mesmo nos pés essa oportunidade na tentativa de conversão de um penálti mas Miguel Soares redimou-se do lance do primeiro golo e defendeu. Mas havia muito mais Sporting no jogo, e pouco depois Nani aumentou a vantagem, numa jogada em velocidade de Jovane, que rematou para a defesa de Miguel Soares com Nani na recarga a fazer o 2-0.

Com o jogo mais controlado, Peseiro começou a mexer na equipa. Lançou Petrovic para o lugar de Carlos Mané, Nani passou para a direita e o sérvio jogou atrás de Gudelj e Bruno Fernandes. Mas foi o Loures a criar um susto quando aos 80′ Juninho desmarcou Miguel Oliveira que na cara de Renan Ribeiro teve tudo para marcar, só que o guarda-redes do Sporting evitou o pior para os leões com uma defesa com o pé direito.

O jogo caminhava para o fim e Peseiro aproveitou para lançar o jovem Miguel Luís retirando do campo Jovane Cabral. Os leões tinham cinco médios em campo e Castaignos como referência do ataque e num lance de transição rápida Juninho fez o golo de honra do Loures, golo que assenta bem a uma equipa que se apresentou muito bem organizada, a saber fechar os espaços e a ser atrevida quando teve oportunidade para o ser. E fica a dúvida: se aquele lance de Miguel Oliveira tivesse resultado em golo o jogo poderia ter tido ainda mais emoção…

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