Um excelente Touring que não fez vénia ao poderoso Sourense

O lema é antigo: “camisolas não ganham jogos”. E o Sourense teve de voltar para casa com um nulo encravado na garganta…

Não, não foi daqueles jogos para nunca mais esquecer, com lances de golos intermináveis, ou com jogadas de encher o olho, mas foi um encontro onde a equipa da casa conseguiu ser táticamente irrepreensível, preenchendo todos os espaços da largura do relvado evitando, assim, que a fortíssima equipa de Soure fizesse estragos junto à baliza defendida por Cambraia.

Tanto na primeira metade, como na segunda, raríssimas foram as vezes que os atacantes se superiorizaram perante a agressividade – no bom sentido – das defesas adversárias.

Sendo certo que tanto uma equipa quanto a outra podia ter levado a melhor no final do encontro, ficou claro que o empate assentou como uma luva para o Touring e deixou o Sourense sabedor de que não será nenhum passeio a primeira fase do campeonato, no que se refere à subida.

Percebe-se, claro, que os homens de Ricardo Rodrigues estão alguns furos acima da concorrência, pois é, nitidamente, uma equipa construída para outros patamares. Mas, seria tremendamente injusto não enaltecer a prontidão com que cada elemento do Touring dedicou-se durante todo o encontro, em cada lance, em cada bola dividida, em cada cobertura a um colega que fora superado pelo adversário.

Resultado perfeitamente ajustado ao que se passou em campo.

Arbitragem, no geral, a bom nível, sendo a falha mais gritante, um atraso ao guarda redes do Sourense, ainda na primeira metade, em que este segurou a bola, mas o árbitro principal considerou como um atraso não intencional.

POSITIVO:

  • Entrega em campo, de todos os intervenientes.
  • Bruno: É imposível não ser repetitivo. Joga e faz jogar. Sobe e desce, sem descanso, na sua ala. Um jogador que, seguramente, deve estar a ser visto por outras equipas. Se assim não for, os olheiros andam muito distraídos, por estas paragens!
  • Telmo: Desde há muito, um defesa de muita categoria. Agora, em forma, volta a ser preponderante na manobra defensiva da equipa paraiana. Com outro tipo de abordagem ao desporto, talvez estivesse, também ele, num patamar acima na sua carreira.
  • Marcos, Sané e Pacheco: três peças importantíssimas na manobra de um Sourense que conta com jogadores muito bem apetrechados, tática e técnicamente.
  • O coletivo da euipa de Soure, no geral.

NEGATIVO:

  • Nada a registar

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