A ex-eurodeputada Ana Gomes mantém a pressão sobre as autoridades europeias no caso da detenção de Rui Pinto, para que os responsáveis não possam “continuar a fingir que nada sabem”.
Através das redes sociais, Ana Gomes revelou que enviou diversas informações, recolhidas por Rui Pinto e divulgadas pelo Football Leaks, que demonstram a “série de relações problemáticas entre o mundo do futebol e atividades criminais, como branqueamento de capitais, evasão fiscal e fraude”.
Em causa estão as transferências baseadas em esquemas fraudulentos, com clubes a recorrerem a empresas offshore (algumas delas citadas no caso Panama Papers) para evasão fiscal e branqueamento de capitais.
Segundo a antiga eurodeputada, o crime organizado no futebol continua a gozar de uma “contínua impunidade”.
As informações foram enviadas para altos responsáveis europeus, como os diretores do Europol e do Eurojust, e portugueses, como Mário Centeno e Francisca Van Dunem, ministros das Finanças e da Justiça.
Também a procuradora-geral da República (Lucília Gago), o governador do Banco de Portugal (Carlos Costa), a presidente do conselho de administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (Gabriela Figueiredo Dias) e o diretor nacional da Polícia Judiciária (Luís Neves) terão recebido as informações baseadas nos dados recolhidos por Rui Pinto.
“As autoridades europeias não podem continuar a fingir que não sabem”, reforçou Ana Gomes.
Bancada.pt