Kiev espera gerar receitas na ordem dos 20 milhões de euros com o aumento do turismo.
Kiev acolhe esta terça-feira a primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção. A 62ª edição do concurso conta com um recorde de 43 países em competição, numa extensa lista que inclui participantes como a Austrália.
Além das habituais polémicas, este ano centradas no abandono da Rússia da competição, na sequência de a Ucrânia ter proibido a entrada da intérprete russa no país, o festival fica marcado pelo avultado investimento que a cidade organizadora tem de acarretar.
Afinal, quanto custa organizar a maior competição musical do mundo?
Números ainda não oficiais apontam para que a capital ucraniana tenha investido cerca de 30 milhões de euros na organização do evento. Em contraste, a cidade espera gerar receitas na ordem dos 20 milhões de euros com o aumento do turismo.
O valor está dentro da média dos últimos anos. Em conjunto, as últimas cinco cidades organizadoras gastaram cerca de 166 milhões de euros na produção do evento. A cidade mais gastadora foi Baku, a capital do Azerbaijão, que despendeu mais de 56 milhões de euros para receber o evento em 2012, tendo construído um recinto novo propositadamente para o festival.
O evento criou 529 postos de trabalho e rendeu 8,2 milhões de euros em turismo à cidade.
Um ano depois, foi a vez de Malmo, na Suécia, organizar o maior concurso musical do mundo, tendo conseguido fazê-lo por 20 milhões de euros. O valor foi praticamente todo recuperado nas receitas do turismo, que ascenderam a 18,9 milhões de euros. Mais de 32 mil pessoas rumaram a Malmo para assistir ao festival.
Em 2014 o Festival da Eurovisão manteve-se no norte da Europa. A capital dinamarquesa foi a cidade organizadora do evento, tendo investido para tal cerca de 42 milhões de euros, enquanto as receitas com turismo ascenderam a 15 milhões de euros.
No ano seguinte foi a vez de Viena acolher o espetáculo, para o qual gastou 33 milhões de euros. Os mais de 32 mil turistas que acorreram à capital austríaca deixaram na cidade cerca de 26 milhões de euros.
Na edição do ano passado o festival da Eurovisão regressou à Suécia, nomeadamente a Estocolmo, que terá investido pouco mais de 14 milhões de euros na organização do concurso.
Segundo a imprensa sueca, o evento do ano passado terá sido um dos mais bem sucedidos de sempre, já que gerou receitas na ordem dos 27 milhões de euros. A cidade recebeu mais de 38 mil visitantes, que gastaram em média 720 durante a estadia em Estocolmo.
Fonte: Dinheiro Vivo
Foto: REUTERS/Gleb Garanich