Trump foi ao Congresso repetir (quase) tudo o que tem dito e descobriu que a primeira oposição pode vir de dentro de casa

A primeira intervenção no Congresso do presidente americano não teve surpresas no conteúdo mas sim no tom. Esperava-se que falasse do México, de imigração, de terrorismo, da NATO, da economia e de tornar a América grande de novo e falou. Também falou de reforma fiscal e de orçamento e esse pode tornar-se o calcanhar de Aquiles dentro do seu próprio partido.

Fato escuro e gravata azul às riscas, foi um Donald Trump menos explosivo e improvisado que ontem se apresentou ao Congresso.

O  presidente americano manteve-se, de modo geral, alinhado com o texto divulgado antecipadamente à imprensa pela Casa Branca (aqui a versão completa do discurso).

E se surpresa houve, não foi no conteúdo, mas no tom. Um Donald Trump mais sereno substituiu o Donald Trump colérico e apocalíptico, concordaram analistas de vários quadrantes nos Estados Unidos.

A palavra esperança surgiu pela primeira vez associada ao discurso do presidente e, segundo uma sondagem realizada pela CNN após a intervenção no Congresso, os americanos gostaram disso: 57% das pessoas que assistiram ao discurso afirmaram ter uma reação muito positiva ao que ouviram e sete em cada 10 concordaram que o discurso de Trump as fez sentir mais otimistas em relação ao rumo do país.

Fonte: Sapo