O Touring recebeu outro sério candidato à subida esta tarde, no Estádio Municipal de Mira: o Carapinheirense.
Este foi um Touring que mostrou, como na semana passada em Febres, que é uma equipa que está longe de atirar a toalha ao chão e que tem muito a dar ainda, nesta dura segunda volta do campeonato.
Senão, o que dizer de um conjunto que se vê privado de duas importantes peças (Veríssimo e Wallace) por expulsões e de três jogadores que saem lesionados num só jogo (João Viegas, André e Tiago), sendo que o último lesionado não pôde ser substituído porque a lesão aconteceu posteriormente à terceira mexida na equipa?
O que dizer de uma equipa que se encontrou, num determinado período, a jogar com 8 jogadores contra 10 do fortíssimo Carapinheirense, estando a perder, e ainda ter forças para arrancar um empate a ferros na reta final da partida?
Foram extremamente briosos os homens de João Facão!
Mais do que pelo empate alcançado com golo de Luís Custódio, de panalty, o que ficou na retina foi a voluntariedade de jogadores que “teimam” em honrar os pergaminhos de um clube que “teima” em querer seguir em frente. Ficou na retina a “velha raça” dos heróis do mar que não abandonam o seu barco, nem o deixam ir ao fundo. Ficou na retina um desejo de continuar a construir um futuro mais risonho neste campeonato mas, sem nunca esquecer as limitações, as falhas individuais e coletivas e sem nunca perder de vista que a batalha que se avizinha está longe de ser um “mar em calmaria”…
É verdade: a esperança é a última a morrer pelos lados da Praia de Mira!