Touring merecia melhor resultado frente ao Poiares

Equipa da Praia foi a única que realmente procurou a vitória.

Muito vento e alguma chuva foram os grandes adversários do Touring que teve pela frente, uma aguerrida formação poiarense, no Estádio Municipal de Mira. Aguerrida e pouco mais…

O Touring dominou grande parte do encontro e, apesar de sofrer o golo num dos pouquíssimos remates do Poaires durante todo o tempo de jogo, nunca deixou de acreditar que poderia reverter o resultado. Nem sempre da melhor forma, com lucidez, mas sempre de olhos postos na baliza contrária, foi com justiça que chegou ao empate ainda na primeira parte, deixando antever que a virada aconteceria nos últimos 45 minutos.

Entretanto, o Poiares utilizou – em abono da verdade – com grande sabedoria a arte de não jogar nem deixar jogar na segunda parte. Incentivados incessantemente pelo seu treinador, o Poiares foi extremamente eficaz a defender, pese embora, muito poucas vezes conseguiu chegar perto da área da equipa da casa. Defendendo com unhas e dentes o precioso ponto que acabaram por conquistar, os visitantes tiveram o “auxílio” de um árbitro que muito contribuiu para que a segunda metade não fosse nada profícua em jogo jogado.

Quedas em abundância, demasiado tempo morto nos momentos em que a equipa visitante tinha de bater um livre ou um pontapé de balisa e uma enorme quantidade de faltas assinaladas sem a menor necessidade, acabaram por deixar o banco e os jogadores do Touring quase que a beira de um ataque de nervos e ditaram placar final de um jogo que, em condições normais e com o Touring a explanar o futebol que sabe e lhe é reconhecido, provavelmente acabaria por vencer.

Para finalizar, é justo dizê-lo, de todos os pequenos erros que a arbitrgem cometeu, houve um grande erro que prejudicou sobremaneira o Poiares: Filpe, na segunda metade e já com um cartão amarelo, cometeu a imprudência de fazer falta para o segundo ou mesmo – se o árbitro fosse alguém bastante rigoroso – um vermelho direto. O que aconteceu, então? Nada! Foi marcada a falta e o amarelo que se obrigava naquele instante… ficou no bolso. Triste imagem, esta, da arbitragem conimbricense que teima, semana após semana, em pouco ou nada, melhorar!

TOURING

CAMBRAIA, BRUNO, TELMO, CAROLA, JOÃO VIEGAS (C), RODRIGUIGUES, JANICAS, VERÍSSIMO, FILIEP, SERGINHO e NENÉ. 

JOGARAM, AINDA: LUCAS, LUCAS RODRIGUES, LUÍS CUCO e SAMUEL

POIARES

GUI, DANIEL, LEANDRO, NARITO, JOÃO HENRIQUES, RICARDO, RENATO, ZÉ PEDRO, ANDRÉ SANTOS, JORGITO e RICKY

JOGARAM, AINDA: DIOGO, PEDRO HENRIQUES, , GUSTAVO e JOÃO

ARBITRAGEM

JOÃO GOMES (2), NUNO GUERRA (3) e RICARDO VINAGRE (3)

ADMOESTAÇÕES

 

  • RENATO, FILIPE, DANIEL, JOÃO VIEGAS e ZÉ PEDRO (AMARELO)

MARCADORES

  • ZÉ PEDRO (17 MIN), APÓS LIVRE E DEFESA INCOMPLETA DE CAMBRAIA (0X1)
  • LUÍS RODRIGUES (35 MIN), EM COBRANÇA MAGISTRAL DE LIVRE, PRÓXIMO DA ÁREA (1X1)
  • RESULTADO FINAL 1X1

POSITIVO

  • RODRIGUES, NENÉ e LUCAS: FIZERAM TUDO POR TUDO, PARA UM MELHOR RESULTADO
  • RICKY (MUITO DIFÍCIL DE SER MARCADO COM A BOLA NO PÉ) e ZÉ PEDRO

NEGATIVO

  • AS EQUIPAS PORTUGUESAS DEVERIAM ASSISTIR A JOGOS DA INGLATERRA OU ALEMANHA: É DEMASIADO O TEMPO QUE SE PERDE EM CADA JOGO, COM A COMPLACÊNCIA DOS ÁRBITROS!

PALAVRA DO “MISTER”:

“Desgastado” esta é a palavra que pode definir JOÃO FACÃO, após o encontro deste domingo. Definindo o encontro como “horrível pela forma como não nos deixaram jogar”, mas, ao mesmo tempo admitindo que “podíamos ter feito mais” o treinador do Touring remete para “alguma falta de discernimento” o facto da sua equipa ter deixado de conquistar os 3 pontos em jogo. Para ele, “em casa temos de ganhar para podermos sonhar com os nossos objetivos!”

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Jornal Mira Online