O Cova Gala veio a Mira muito bem organizado e manietou em três quartos do encontro o Touring, que foi obrigado a puxar dos galões!
Foi preciso suar mais do que, teóricamente, era esperado: os rapazes de João Facão encontraram um osso bastante duro de roer, tendo alcançado o empate, depois de estar muitos minutos atrás no marcador.
É bem verdade que, por conta do empate alcançado aos 77 minutos, na parte final do jogo, os da Praia de Mira poderiam ter vencido o encontro pois, conseguiram mostrar um pouco mais do muito que a equipa vale mas, a bem da justiça, o empate premiou a equipa figueirense, visto que também fez muito para, ao menos, sair com um ponto.
Com uma primeira parte amorfa, embora tenha começado com duas boas oportunidades de golo, o Touring sentiu bastante mais do que era esperado, o golo marcado pela equipa visitante… no primeiro ataque a sério do Cova Gala.
Apesar de estar visivelmente contrariado, João Facão ainda tentou reiniciar o encontro com os mesmos jogadores, acreditando que as suas palavras no balneário poderiam ser mobilizadoras. Realmente, a atitude modificou, a pressão sobre os defesas e centrocampistas azuis intensificou-se mas, somente com as necessárias mudanças, o almejado golo aconteceu… através de um dos substitutos a pouco entrados!
Falhando bastante os passes longos a rasgar a linha defensiva adversária, cujas bolas muitas vezes não caíam nos pés de João Viegas, pois era pela esquerda que isso mais vezes acontecia foi, então, pelo lado contrário que surgiu a jogada, cujo cabeciamento de Emanuel, resultou no golo do empate.
O resultado aceita-se pelo trabalho desenvolvido por ambos os conjuntos e deixa a indicação de jogos bastante equilibrados na fase decisiva do campeonato, que terá início já no dia 13 de Fevereiro.
Quanto a arbitragem, Daniela Simões e seus colegas fizeram um bom trabalho a nível técnico pecando, a árbitra, apenas por ter deixado que o Cova Gala, principalmente por conta do seu guarda redes, gastasse muito tempo com a bola parada. Entretanto, a nível técnico e disciplinar, esteve em bom plano (mesmo quando admoestou com o segundo amarelo, Renato, que já estava no banco e protestou de forma veemente, a marcação de um fora de jogo).
TOURING
CAMBRAIA, CAROLA, BRUNO, FILIPE, SERGINHO, RODRIGUES, JOÃO VIEGAS (C), RENATO, JANICAS, NENÊ, VERÍSSIMO. Jogaram, ainda: TELMO, SAMUEL, EMANUEL e LUCAS.
TREINADOR: JOÃO FACÃO
COVA GALA
NELSON, BRUNO, COPINHO, JOÃO PEDRO, ZÉ PEDRO, RÚBEN, RODRIGO, TUCA (C), JOÃO DANIEL, LAMBRETA, JOÃO PEREIRA. Jogaram, ainda: GONÇALO, SANDRO, LEANDRO e ARLINDO.
TREINADOR: JOÃO CAMARÃO
ARBITRAGEM
DANIELA SIMÕES, MÁRIO SERRANO e FLÁVIO FONSECA
MARCADORES
ZÉ PEDRO (14 MIN) – GOLO DE BELO EFEITO – 0X1;
EMANUEL – DE CABEÇA – 1X1
ADMOESTAÇÕES
ZÉ PEDRO, JOÃO DANIEL e LEANDRO (AMARELO);
RENATO e JOÃO PEDRO (AMARELO/AMARELO/VERMELHO)
POSITIVO
- O “muro” defensivo muito bem construído por João Camarão. Quase infalível durante todo o encontro!;
- Persistência do Touring, nunca abdicando de procurar a vitória, mesmo quando estava a perder;
- Alterações processadas por João Facão: Deram uma maior amplitude ao coletivo e maior agressividade;
- Serginho: longe vão os tempos em que marcava golos de todos os tipos. Falhou um golo cantado, é certo, mas a forma como aborda cada lance, por puro amor à camisola… mantém-se exatamente como alguns anos atrás. Os golos voltarão a acontecer, quando a estabilidade emocional voltar!;
- João Viegas: A braçadeira de capitão assenta-lhe perfeitamente… por motivos óbvios!;
- O veteraníssimo Arlindo ainda dá uns bons toques na bola.
NEGATIVO
- A apatia com que o Touring encarou o jogo desde o golo sofrido até ao fim da primeira parte
PALAVRA DO MISTER
Para Facão, “fizemos uma má primeira parte, como – infelizmente – tem sido habitual. Normalmente, damos avanço aos adversários e, como hoje, na primeira oportunidade, marcam-nos”.
Visivelmente desgastado, o treinador praiano admitiu, entretanto que existiu “uma atitude fantástica do Cova Gala na primeira parte”, mas viu a segunda metade de forma diferente. “A segunda parte foi totalmente nossa e acabou por existir um anti-jogo por parte do guarda redes deles e por alguns jogadores que caíam constantemente. Mesmo assim, alteramos a forma de jogar e fomos muito superiores. Tenho pena do nosso golo ter surgido tarde mas, mesmo assim, tivemos oportunidades de ouro para vencer. Fomos duas equipas distintas: uma sem fio de jogo na primeira parte e outra com futebol suficiente para vencermos, na segunda”.