Prezados Senhores da Associação de Futebol de Coimbra,
Este é um clube pequeno. Tão pequeno que parece impossível incomodar tanta gente no nosso Distrito.
Este é um clube que, acreditem, procura honrar os seus compromissos de forma séria, honesta e atempada como, aliás, deve ser.
Mas, este também é clube formado por gente que se indigna quando, semana após semana, mês após mês, sente defraudadas as suas mais pequenas expectativas, tais como, entrar em campo e poder lutar pelo resultado com total transparência e imparcialidade. E isto, infelizmente, não é o que temos assistido de uns tempos a esta parte…
Não somos ninguém para julgar a capacidade das arbitragens que se fazem pelos relvados (ou, pelados) do Distrito de Coimbra. Mas, assistimos semanalmente a um incrível rol de cartões amarelos e vermelhos que são mostrados aos nossos jogadores, como se fossem “perigosos delinquentes em campo”.
Assistimos, semanalmente, a uma dualidade de critérios que gostávamos que algum dos vossos diretores assistisse no próprio local, para tirar as ilações devidas.
Assistimos, semanalmente, a decisões que beiram o descalabro, como foi no caso deste domingo em que recebemos em nossa casa (emprestada, aliás) a U.D. Tocha.
Parece impossível que arbitragens como a deste domingo possam passar incólumes, sem que ninguém procure enxergar tantos disparates, tantas distorções da realidade, tantos equívocos de 3 homens que mudaram totalmente a realidade dos factos ocorridos e decidiram a “sorte” do resultado final!
Assim sendo, este clube pequeno e sério, que representa não só uma localidade, mas todo o Concelho de Mira vem deixar claro que pensa seriamente em abandonar suas atividades, quer a nível de seniores, quer mesmo no escalão de juvenis, que tão bem tem dado conta de si. É que, sinceramente, por mais que uma comunidade esteja unida em torno de um clube, também esta “se farta” de ser o “bobo da corte” no meio de tantos personagens!
Por este meio, senhores, o Touring Clube Praia de Mira vem somente reclamar uma coisa: ser tratado de igual para igual, e que os resultados desportivos sejam efetivamente justos e decididos nos penaltys marcados, nos golos limpos, nos pontapés de bicicleta, ou na lisura do comportamento de todos os que estão ligados à prática de uma partida de futebol.
Não será pedir muito, pois não?
Obrigado pela atenção dispensada. Esperamos, sinceramente, nunca mais ter de emitir comunicados com este teor. Até porque, se assim for, será – simplesmente – para afirmar alto e bom som, que encerramos as nossas atividades!