Um toque do espanhol Iker Lecunoa (KTM) na mota do português Miguel Oliveira (KTM) danificou uma das asas laterais e impediu o piloto de luso de ir hoje além do 20.º lugar no Grande Prémio de São Marino de MotoGP.
Segundo explicou o piloto de Almada na conferência de imprensa após uma corrida “bastante desapontante”, a mota ficou bastante mais difícil de pilotar nesta 14.ª ronda da temporada do Campeonato do Mundo de velocidade em motociclismo.
“Foi bastante desapontante. Depois de encontrar uma boa direção e um bom ‘feeling’, estava otimista para uma boa corrida e terminar no ‘top 10’, somando bons pontos. Mas, depois do arranque, fui tocado pelo [Iker] Lecuona, o corpo dele ficou preso na minha mota e arrancou a asa [lateral]. Daí em diante foi tentar chegar ao fim. A mota ficou muito instável. Só tinha ‘downforce’ de um lado”, explicou Miguel Oliveira.
O piloto luso lembrou que “em 2019 já tinha feito uma corrida sem asa e foi mais ou menos o mesmo”.
Miguel Oliveira sente que “a sorte não está” do seu lado atualmente, mas confia que será possível recuperar até ao final do campeonato.
Agora, parece que a sorte não está do nosso lado. Há momentos em que mostrámos velocidade, capacidade de conseguir outro tipo de resultados. Mas pequenos detalhes técnicos não nos permitiram ir mais longe. É a brutalidade do desporto. Não nos permite estar em forma todos os fins de semana. Ainda não encontrei um ‘set up’ que me permita estar ao meu melhor. Quando o encontrar, vou ser muito competitivo”, prometeu.
Oliveira revelou ainda que se manteve em pista apesar das dificuldades para “reunir o máximo de informação possível”, pois o campeonato volta ao circuito Marco Simoncelli dentro de um mês, para o GP Riviera de Rimini.
“Hoje, não houve nenhum ganho, mas tentei manter-me em pista e aproximar-me de alguém. Daqui a um mês voltamos aqui e é bom tentar um esforço para recolher informação”, explicou.
O piloto da KTM enfrenta, esta semana, dois dias de testes em Misano, onde hoje se disputou o GP de São Marino, em que tentará perceber o caminho a seguir em 2022, mas também encontrar soluções para melhorar este ano.
“Os testes são um momento em que vamos olhar para a próxima época e tentar terminar esta época com melhores resultados. Vamos testar peças e software”, disse apenas.
Com o resultado de hoje, Miguel Oliveira baixou ao 10.º lugar do campeonato, com 87 pontos.
O italiano Francesco Bagnaia (Ducati) venceu pela segunda ronda consecutiva e aproximou-se do líder do campeonato, o francês Fabio Quartararo (Yamaha), que foi segundo.
Quartaro lidera com 48 pontos de vantagem sobre Bagnaia.
Lusa