Um hospital concluído, equipado, mas fechado em Miranda do Corvo, distrito de Coimbra, é um cenário “surreal” apontado pelo candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves num dos períodos mais difíceis da pandemia em Portugal.
Ao longo de três andares espalham-se salas de cirurgia, consultórios, ventiladores, equipamento de imagiologia médica (TAC, RX e ecografia) e 55 quartos. Os plásticos ainda cobrem máquinas, camas, cadeiras e até as televisões.
O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) tinha programada a passagem pelo Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, mas o encontro com o presidente da Fundação Assistência para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP), Jaime Ramos, foi casual.
Os dois percorreram os corredores e salas vazias de médicos, enfermeiros e utentes na unidade hospitalar que está concluída e equipada há mais de um ano, mas que ainda não abriu portas.
Foi surreal. Foi surreal olharmos para um equipamento com todas as valências, equipamentos topo de gama, valências que eram absolutamente necessárias agora neste contexto, como ventiladores”, afirmou Tiago Mayan Gonçalves, à saída do hospital.
Para Tiago Mayan, independentemente das ideias e das ideologias de como se devem prestar os serviços de saúde em Portugal, “é incompreensível” que toda a capacidade instalada do país não esteja a ser usada, quer a privada ou social.
“Como esta, um hospital em que privados do setor social investiram 10 milhões de euros, um hospital que está disponível para abrir desde 2019 e que, de facto, tem todo um conjunto de valências que seriam absolutamente necessárias neste contexto”, frisou.