Como já é hábito, as noites da última sexta-feira de cada mês, são ocupadas pelo MAR (Movimento Autárquico de Renovação) para debater assuntos que julgam ser de interesse das populações.
O assunto escolhido para este mês foi o do ORÇAMENTO PARTICIPATIVO, que teve como orador, Rui Terrível, tendo sido coadjuvado no debate por José Carlos Garrucho e Joaquim Ramos Pinto.
Antes de mais, e, por ser dia 25 de Abril, no dia da tertúlia – José Carlos Garrucho disse que era justíssimo fazer uma homenagem aos homens que fizeram o golpe de Estado. Segundo ele, se não fossem aqueles homens, não estávamos todos cá, a fazer tertúlias e a debater ideias… o que é uma grande verdade!
Dito isto, foi exposto que o Casal de São Tomé tem um belo exemplo da ação de orçamento participativo: as casas das exéquias. Um equipamento construído com o apoio da comunidade, das mais variadas formas: monetária, mão-de-obra, ou outras.
Rui Terrível chegou a afirmar que houve pessoas que chegaram a tirar 8 ou 15 dias de suas férias, somente para poder contribuir na construção!
Foi ali demonstrado que o ORÇAMENTO PARTICIPATIVO é um importante instrumento democrático: Uma parte pequena do “bolo” é custeado pela Câmara, e o restante vem da comunidade. Ganha a Câmara? Sim. mas, não só! Ganham todos, pois é desta forma que as “pequenas” obras são feitas com maior rapidez. Só assim elas saem do papel e avançam sem necessitar de que o orçamento camarário – exíguo por natureza – “empurre” para a frente o que as populações necessitam com urgência, pelo facto de “não haver dinheiro para tudo”…
Não há dúvidas de que foi uma discussão bastante participativa por parte das pessoas que se fizeram presentes. Esta é (mais uma) prova de que, quando as pessoas são “envolvidas” num determinado projeto, elas aparecem, “arregaçam as mangas” e vão à luta.
Para finalizar, uma conclusão apenas, é impressionante o poder de dar a palavra ao povo!
As pessoas, quando engajadas numa determinada ideia que a todos beneficie, são extremamente ativas: Para além de tomarem a palavra, agem! Defendem os interesses da “sua” comunidade…