Terrorismo e os EUA. Hillary quer vigilância. Trump quer poder torturar

Donald Trump sugeriu que o ataque terrorista de Bruxelas podia ter sido prevenido se a polícia belga tivesse torturado Salah Abdeslam, o suspeito dos ataques de Paris capturado dias antes.

Em entrevista à CNN, o milionário e pré-candidado republicano à presidência norte-americana diz que Abdeslam sabia dos planos para atacar na Bélgica e teria falado “muito mais rapidamente com a tortura”.

Abordagem diferente tem Hillary Clinton, a principal candidata do lado do partido democrata. A antiga secretária de Estado norte-americana considera que para evitar ataques como o de Bruxelas, a aposta deve centrar-se na vigilância.

Para Hillary Clinton, “temos de melhorar a nossa vigilância, a nossa capacidade de interceção de comunicações”. Em entrevista à CNN Hillary considerou ainda que “há que endurecer os chamados “alvos fáceis” com maior presença policial – não há volta a dar”, disse.

Donald Trump, que anteriormente já tinha admitido que para combater o terrorismo era capaz de sancionar torturas como a do afogamento simulado e “muito pior” disse à CNN que a legislação tem de ser alterada.

“Temos que mudar as nossas leis e temos que ser capazes de combater numa base quase igual” à do inimigo disse Trump enquanto se mostrava favorável à tortura apontando o dedo ao Daesh e ao brutal tratamento que os terroristas deram a prisioneiros.

“Se Salah Abdeslam tivesse falado poderia ser que os atentados não tivessem ocorrido” afirmou Trump. “Temos que ser inteligentes”, disse ainda o candidato “É difícil de acreditar: não podemos fazer o afogamento simulado – ouça, não há nada de bom naquilo, mas é uma forma mínima de tortura”.

Fonte: tsf