A SOS Racismo vai apresentar uma queixa ao Ministério Público depois de um grupo de “nacionalistas” se manifestar em frente à sua sede, em Lisboa, no passado fim de semana. Grupo levou máscaras brancas para cobrir o rosto e tochas. Associação fala em ameaças e ofensas à integridade física.
Há um mês a sede da associação, em Lisboa, foi vandalizada com a frase “Guerra aos inimigos da minha terra”. Na madrugada do último sábado, uma dezena de pessoas juntou-se à frente daquele edifício com a cara coberta por máscaras brancas e tochas a fazer lembrar as manifestações dos supramacistas brancos Ku Klux Klan, nos Estados Unidos.
Segundo o Público, a associação vai apresentar queixa ao Ministério Público por ameaças à “ameaças à integridade física, ofensas morais e danos patrimoniais e incitamento ao ódio e violência”, mais concretamente com a “parada Ku Klux Kan”. De acordo com aquela fonte, existem elementos naquele grupo que são antigos militantes da Nova Ordem Social (suspensa por Mário Machado), do Partido Nacional Renovador e dos Portugal Hammer Skins.
Ao jornal, um dos dirigentes da associação, Mamadou Ba, indicou que esta ação é “uma escalada”, pois uma coisa seria organizar uma manifestação “no espaço público em que assumem uma posição política contra o anti-racismo”, outra será elegerem “uma organização anti-racista como alvo a abater” e “fazer ameaças de morte”.
De acordo com o Público, foi feita uma publicação numa página de Facebook (“Resistência Nacional”) em que é referido que alguns membros estiveram à frente da sede do SOS Racismo numa manifestação contra o “racismo anti-nacional” e numa “homenagem aos polícias mortos em serviço”: “A sede do SOS Racismo recebeu hoje uma visita nossa”.
Madremedia