CP, CP Carga, Metro de Lisboa e STCP são as empresas que já têm greves marcadas para este mês.
A época natalícia vai ser marcada pelo regresso em força das greves nas empresas de transportes públicos, estando paralisações já marcadas por diversos sindicatos na CP, CPCarga, Metro de Lisboa (ML) e STPC, além da greve do sindicato dos estivadores, iniciada a 14 de Novembro. Na CP e na STCP, as paralisações iniciaram-se ontem: no primeiro caso o pré-aviso de greve prolonga-se até 2 de Janeiro; no segundo caso a greve é apenas aos feriados existentes e abolidos pelo anterior Governo, pelo que se prevêem novas paralisações a 8 e 25 de Dezembro. Na CP Carga, a greve irá decorrer de 7 de Dezembro a 2 de Janeiro, enquanto no ML as paralisações estão agendadas para determinados períodos dos dias 9, 10 e 11 de Dezembro.
Na passada sexta-feira, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou serviços mínimos nas greves da CP nos feriados de 25 de Dezembro e 1 de Janeiro, considerando que tal não seria necessário para o próximo feriado de 8 de Dezembro. “A CP admite algumas perturbações e está preparada para prestar o melhor serviço aos seus clientes”, sublinhou fonte da transportadora ferroviária ao Diário Económico.
Já José Manuel Oliveira, coordenador do SNTSF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (da CGTP), que agendou esta greve, escusou-se a antecipar os efeitos da paralisação a 8 de Dezembro, referindo à Lusa que “em tese, a circulação pode ficar parada”.
Ainda assim, o dirigente sindical admitiu que o impacto desta greve, para contestar os cortes aplicados ao trabalho extraordinário, em dia de descanso semanal e em dia feriado nas empresas públicas, foi mais forte no passado, antes de a CP ter avançado com uma remuneração mais próxima do que está previsto no acordo de empresa.
“Conseguimos fazer um acordo para um valor similar ao que o acordo da empresa prevê, mas o nosso objectivo é a revogação do decreto-lei que impôs às empresas públicas a redução da remuneração do trabalho em dia de descanso semanal e em dia feriado”, explicou. As mesmas razões ocorrem na greve prevista para CP Carga.
Já na greve no ML, prevista para a próxima semana, um dos sindicatos que a convocou, a Fectrans (CGTP) invoca que a administração conjunta do ML, Carris, Transtejo e Soflusa, “continua numa constante provocação aos trabalhadores através da implementação de uma onda repressiva nunca vista, de interpretações unilaterais dos acordos de empresa, que provocam novos conflitos laborais”.
Fonte: economico