02.10.2024 –
Desde sempre, Simone Toito é conhecida pelo seu amor à arte, à música, aos palcos. Mas… quem é essa jovem de voz portentosa que, por exemplo, nas celebrações do 25 de Abril, colocou os mirenses boquiabertos com o seu “Amor a Portugal”? Senhoras e senhores… com vocês, Simone Toito na primeira pessoa!
JMO – Todos sabem que a Simone é apaixonada pela música. Como nasceu esse amor pela arte?
ST – Gosto de música, toda a minha vida gostei! Comecei muito pequena com os meus pais, numa banda de baile chamada “Onda Norte”. Era um grupo de família, onde estava a minha mãe, o meu pai, a minha madrinha, padrinho, avô, etc. comecei a cantar em palco com 3 aninhos.
Entretanto comecei a ter aulas de órgão numa escola e mais tarde, os meus pais inscreveram-me no conservatório de música de Aveiro, o que apurou o meu gosto pela música. Com o passar dos anos, apercebi-me de que era música que queria fazer para o resto da vida e decidi seguir profissionalmente e por isso, fui para a área de Música no 10º ano
JMO – Que tipo de formações tem realizado, para aprofundar seus (muitos) conhecimentos na música?
ST – Entrei na Universidade de Aveiro no curso de Direção,Teoria e formação musical. Quando terminei essa licenciatura, inscrevi-me na minha segunda licenciatura, agora em Canto Lírico, enquanto fazia o mestrado em Formação Musical.
JMO – Ainda é jovem… naturalmente, deve ter planos para o seu futuro. Podemos conhecer alguns?
ST – Quando entrei na Universidade tinha ideias de no futuro entrar para um coro profissional, como o da Casa da Música, São Carlos ou Gulbenkian. Hoje em dia, posso dizer que essa ideia já não está tão forte, dando lugar a ser professora de Formação Musical num conservatório tendo ao mesmo tempo projetos na área de Canto.
JMO – Sua presença nos 50 anos do 25 de Abril, em Mira, ainda hoje são referenciados em conversas mais ou menos informais. Como surgiu aquela oportunidade? Que lembranças mais marcantes a artista Simone Toito tem daquele dia?
ST – A oportunidade no 25 de abril surgiu por acaso, por ter adoecido a minha colega que iria cantar inicialmente. São coisas que acontecem e ninguém tem culpa. Neste caso, perguntaram se eu teria disponibilidade e não hesitei em aceitar o convite. Naquele dia, lembro-me de estar bastante nervosa porque, apesar de já ter um grande à vontade com apresentações em público, são poucas as oportunidades de cantar na minha própria terra, sendo então pouco conhecida na zona de Mira. No final foi muito gratificante: os comentários que chegaram até mim, as pessoas gostaram e deixaram o meu coração cheio com todas as palavras bonitas que me disseram.
JMO – “Cantar” é o seu destino?
ST – Considero que “cantar”, se não for a minha ocupação principal no futuro, será de certeza uma das partes mais importantes da minha vida. No entanto, é de certeza o que me dá mais prazer de fazer na minha vida.