Ministério Público e PJ suspeitam de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Após as buscas, foram constituídos seis arguidos, segundo comunicado da procuradoria.
O Benfica foi alvo de novas buscas desencadeadas pelo Ministério Público e a Polícia Judiciária na terça-feira. Foram constituídos seis arguidos, três pessoas singulares e três coletivas, segundo um comunicado da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.
Em causa estão suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais, segundo a mesma fonte, que dá conta da emissão de três mandados de busca domiciliária e cinco não domiciliária. Entre estes, dois às sociedades Sport Lisboa e Benfica SAF e Benfica Estádio Construção Gestão Estádios, SA.
“Indicia-se suficientemente nos autos que estas sociedades, a coberto de uma suposta prestação de serviços de consultoria informática, realizaram várias transferências bancárias para uma conta titulada por uma outra sociedade, num valor total de 1.896.660,00€, montantes esses que acabavam depois por ser levantados em numerário. Esta última sociedade terá sido utilizada com o único propósito de retirar dinheiro das contas do Benfica”, diz o comunicado.
O Jornal de Notícias escreve na sua edição de hoje que a investigação procura “esclarecer se os montantes faturados por várias empresas ao Benfica tinham na sua base efetivas prestações de serviços ou se foram apenas uma forma de justificar a saída de alguns milhões de euros das contas dos ‘encarnados'”.
A investigação, escreve o JN, resulta de uma denúncia feita há um ano e está a decorrer numa secção especializada em crimes fiscais e branqueamento de capitais da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.
O Benfica confirmou uma investigação que envolve “empresas terceiras” e avança com queixa-crime, repudiando “com total veemência” a notícia do JN.
“O Sport Lisboa e Benfica não pode deixar de realçar que mais uma vez funcionou uma ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA, mais uma vez fomos levianamente difamados e mais uma vez assistimos a uma violação grosseira do segredo de justiça, desvirtuando factos e procurando centrar no SLB a investigação”, diz o comunicado do Benfica, falando em “perseguição criminal”.
DN