Secretas activam grupo de elite. Grau de ameaça a Portugal é “significativo”

O grau significativo está a meio de uma tabela de um a cinco, que vai de risco reduzido a imediato.

O grupo de elite, chamado Clube de Berna, reúne as mais importantes agências secretas da Europa e, desde que Paris foi alvo de ataques na semana passada, activou o seu Grupo de Contraterrorismo que conta com a elite dos espiões e analistas.

Escreve o Diário de Notícias que o objectivo desta estrutura secreta é a de partilhar informações, estando os seus elementos em intensivo contacto através de linhas encriptadas.

Desde sexta-feira que a partilha de informações tem sido constante. Os espiões franceses enviaram para os colegas europeus um relatório com tudo o que haviam descoberto logo após os ataques, sendo que vai sendo feita, sempre que se revele necessário, uma actualização destas informações.

Recebido o relatório, explica o Diário de Notícias, as secretas de cada país analisam as informações e as implicações que as mesmas podem ter, em especial as ligações que os terroristas têm ao seu país. Depois, a informação volta a ser partilhada.

Foi assim que as secretas portuguesas souberam da existência de Lúcia Moreira Fernandes, a mãe do terrorista Ismaël Omar Mostefaï (que se fez explodir no Bataclan). As autoridades francesas partilharam toda a informação recolhida sobre Lúcia e Ismaël e garantiram às secretas portuguesas que as ligações da mulher a Portugal eram escassas.

O mesmo foi confirmado pelos nossos espiões, que trabalharam em conjunto com a Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária.

Ontem foi feita uma reavaliação da ameaça a Portugal e as secretas decidiram não mexer no que já havia sido definido. Assim, o nosso país está sob ‘grau de ameaça significativo – 3’, o que faz com que a segurança seja intensificada junto a pontos de interesse como escolas, embaixadas, aeroportos e terminais de transportes.

Grandes eventos, como jogos de futebol ou concertos, “vão ser avaliados caso a caso”, disse ao DN fonte policial, que justifica a manutenção do grau de ameaça pelo facto de “não existir nenhuma informação sobre ameaça de atentado em Portugal que leve a estender essas medidas a todas as infraestruturas do território nacional”.

Fonte: economico