São Paulo passa ao vermelho num momento em que o Brasil bate recordes e em que a falta de uma estratégia nacional se traduz numa situação cada vez mais catastrófica.
Face ao recorde de mortes e pessoas internadas com sintomas graves, o governador de São Paulo anunciou que o Estado de 46 milhões de habitantes passará, no sábado, à “fase vermelha” – que apenas autoriza a manutenção de “atividades essenciais” nas áreas da saúde, alimentação e transportes públicos. João Doria não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello admitia que o país “atingiu um grave momento da pandemia” e respondia às críticas na lentidão da campanha de vacinação prometendo mais 138 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Johnson em maio.
O cenário é alarmante, com as unidades de cuidados intensivos com uma ocupação superior a 80 por cento em 19 dos 27 Estados do país.
Nalguns deles a capacidade está mesmo esgotada, num momento em que dois estudos preliminares revelam que a variante P1 do vírus detetada no Brasil pode ter uma carga viral dez vezes mais elevada e iludir o sistema imunitário de quem já possui anticorpos.
Rodrigo Barbosa / Euronews com AFP / EFE
Editor de vídeo • Rodrigo Barbosa
Outras fontes • Folha São Paulo / DN