Este ano, a fábrica estima ter um volume de facturação de quatro milhões de euros, mas o objectivo é que daqui a dois anos passe para os 20 milhões de euros por ano.
A Caetano Aeronautic foi criada em 2012 para integrar, numa primeira fase, a cadeia de fornecimento da `Airbus Defence and Space´, o líder europeu no sector da defesa e do espaço e que fornece aviões cisterna, de combate, de transporte e para missões.
Até à data, a Airbus já investiu mais de seis milhões de euros nesta nova unidade de seis mil metros quadrados.
Actualmente, a Caetano Aeronautic está a trabalhar em programas para aviões civis de última geração.
A curto prazo, o objectivo é expandir a actividade a outros clientes da indústria aeronáutica da Europa e da América do Sul.
A nova unidade, que iniciou a produção em série há cerca de um ano, tem 70 colaboradores, mas prevê criar 400 postos de trabalho directos e indirectos até 2018.
O presidente da Caetano Aeronautic, José Ramos, afirmou que devido “à escassez” de quadros operacionais com competências aeronáuticas, o Grupo Salvador Caetano iniciou em 2013 um Curso de Técnico de Produção e Transformação de Compósitos, ministrado internamente e frequentado por 30 jovens.
Além disso, em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a fábrica tenciona integrar 20 desempregados.
“Esperamos ter a fábrica a operar em velocidade cruzeiro em 2017”, disse José Ramos.
A aposta na indústria aeronáutica é de interesse estratégico pela tecnologia de topo e práticas de excelência que exige, possibilitando sinergias para as outras actividades do Grupo Salvador Caetano, frisou.
O investimento nesta fábrica representa “o sentimento” de fazer mais e melhor pela indústria nacional, dada a componente exportadora, encarando o futuro com “ousadia e confiança”, salientou José Ramos.
Para acelerar o desenvolvimento do sector da aviação em Portugal, a Salvador Caetano celebrou um acordo de investimento com a Aciturri, empresa espanhola fornecedora de conjuntos estruturais e componentes de motores para o sector.
“Não fizemos este acordo pelo capital, mas para conseguirmos crescer mais rapidamente no sector”, realçou.
O director executivo da Aciturri, Ginés Clemente, considerou que esta fábrica faz com que Portugal participe de uma forma “decisiva” no desenvolvimento do sector aeroespacial.
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, presente na cerimónia de inauguração, considerou esta nova fábrica “importante” pela criação de emprego, pelo investimento que traz e pela grande capacidade de exportação.
“Coloca-nos [fábrica] num patamar de excelência a nível da indústria aeronáutica e tem um enorme relevo para a economia nacional”, ressalvou.
Fonte e Foto: Lusa