Salário mínimo pago aos mais qualificados

Os salários mais baixos deixaram de estar confinados aos setores tradicionais. Agora, os jovens licenciados vieram reforçar as estatísticas das remunerações mais débeis. Sindicalistas e empresários explicam a mudança.

Para a CGTP, a existência de salários mínimos entre os trabalhadores altamente qualificados tem a ver com o crescimento do desemprego. O sindicalista Manuel Guerreiro nota que “são muitas as empresas de informática e novas tecnologias que contratam os jovens que saem das universidades, muito bem preparados, e pagam-lhes o salário mínimo, ou por vezes menos, e sem horários”.

Pedro Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, vai mais longe: “No setor terciário, de serviços, onde não existe contratação coletiva, banalizou-se a chamada prestação de serviços. Isso sucede nas empresas de tecnologias de informação, com programadores, mas também na hotelaria e turismo, onde não há vínculos de trabalho e os ordenados são até inferiores ao salário mínimo nacional”.

Fointe JN