A venda de roupa, sapatos e acessórios falsificados “rouba” 452 milhões de euros a Portugal, mais de 10% das vendas totais. E faz perder 18 mil empregos. Os números são ainda mais negros se considerados os efeitos indiretos: prejuízos de 992 milhões e 25 mil postos de trabalho perdidos.
Os dados são do Instituto de Harmonização no Mercado Interno (IHMI), que revela que, no conjunto da União Europeia, a contrafação é, direta e indiretamente, responsável por perdas anuais de 43,3 mil milhões de euros e o desaparecimento de 518 mil empregos. Mais. Os 28 estados membros da UE veem as suas receitas fiscais reduzidas em 8,1 mil milhões de euros anuais, entre IVA, IRC e contribuições sociais que ficam por pagar.
O fenómeno da contrafação e da pirataria não é novo, mas “tenderá a aumentar se não forem tomadas as devidas providências, à medida que as empresas portuguesas forem ganhando reputação à escala universal”, alerta Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS).
Jornal de Noticias