Portugal venceu a Argentina, por 2-0, na estreia no Grupo D do torneio olímpico de futebol Rio2016, no Estádio Olímpico João Havelange.
As evidentes fragilidades de uma seleção privada dos melhores jogadores foram bem maquilhadas pela forma como a equipa das quinas se apresentou em campo. A estrela mais reluzente será sempre o conjunto e nunca as individualidades, à custa de uma organização muito sólida no meio-campo e de um ataque capaz de imprimir velocidade, como se viu quando Gonçalo Paciência começou a escrever a vitória, num bom remate de fora da área, a passe de Bruno Fernandes.
A defesa só precisa de ganhar mais cimento, embora ontem tivesse pela frente uma Argentina cheia de pressa em chegar ao golo e com executantes muito rápidos. Pité selou o triunfo frente aos argentinos, contando com a preciosa, e involuntária, ajuda do guarda-redes Rulli.
O arranque nos Jogos Olímpicos do Brasil mostrou um capital de confiança nas bancadas que poderá ser um bom prenúncio para as provas dos próximos dias. Os adeptos brasileiros estão ao lado dos portugueses, fartaram-se de vibrar com o jogo, de aplaudir, de incentivar, até gritaram “olés” e assobiaram a seleção argentina, uma histórica rival e que também surgiu no relvado sem alguns dos melhores craques, por força de a competição deixar de pertencer ao calendário FIFA.
A seleção orientada por Rui Jorge, apenas com cinco jogadores vice-campeões da Europa de sub-21 no onze, entrou muito bem no jogo, com uma força capaz de encostar o adversário bem atrás, e teve duas oportunidades flagrantes de golo na primeira parte, desperdiçadas pelo incansável Bruno Fernandes. É um aspeto que o selecionador precisa de rever, porque numa prova curta o erro é tão preocupante no ataque como na defesa. A Argentina também respondeu com dois lances, um de Gómez e outro de Correa, que podiam ter custado caro.
Na segunda parte, os sul-americanos entraram melhor e Calleri mandou uma bola ao ferro que fez acordar a equipa das quinas para voltar a entrar no jogo e acabar por encontrar o caminho da vitória, desenhada nos pés de Paciência e Pité e com “mãozinha” de Rulli.
JN