27.6.2023 –
O Torneio de Futsal “Festas de São Tomé” vai conquistando, ao longo do tempo, o epíteto de um dos melhores torneios da região. Entretanto, a edição de 2023 ficou marcada por uma cuspidela de um atleta a um árbitro, o que levou à recusa de comparência por parte de quem apita. O Jornal Mira Online conversou sobre isto com Ricardo Costa, um dos componentes da Organização do evento.
JMO – Antes de mais, o que levou à recusa dos árbitros a continuarem a apitar? Já tem a garantia de nova dupla?
RC – Sim, já amanhã, quarta-feira, o torneio irá ter continuidade. O que se passou foi o seguinte: no encontro entre a Casa do FC Porto e o Lagonense, um jogador desta equipa, deu uma cuspidela num dos árbitros, o que constituiu uma atitude muito grave. Os árbitros, que eram os mesmos de 2022, decidiram não mais apitar no torneio, o que é perfeitamente compreensível.
JMO – Qual foram as consequências deste ato?
RC – O atleta em causa, foi proibido de continuar a participar até ao final do torneio. Não podia ser de outra maneira! Aliás, a Organização apela ao bom senso de todos, no sentido de que o torneio seja sempre uma festa, até porque é um torneio entre Associações locais e não faz qualquer sentido que cenas lamentáveis como esta aconteçam! Não podemos culpar sempre os árbitros por conta daquilo que não corre bem às nossas equipas. Procuramos trazer os melhores árbitros e termos os melhores jogos possíveis e, seguramente, não é desta maneira que as coisas irão correr de feição à competição. Para além disso, tivemos fazer um reajuste no calendário, procurando conseguir que todos os jogadores possam ter tempo de reajustar suas participações.
JMO – Houve alterações a nível de Organização do ano passado para este?
RC – Sim, foi necessário criar regras diferentes em toda a estrutura organizativa, visto que algumas Associações foram surgindo e isso obrigou-nos a ser mais cuidadosos em relação a tudo o que gira à volta do São Tomé.
JMO – A continuidade do torneio esteve em causa em algum momento?
RC – Chegamos a equacionar diversas atitudes a tomar e decidimos dar continuidade. Mas, temos de dizer que mais uma situação de tal gravidade obriga-nos a terminar o torneio antes do seu final! Ninguém pode se esquecer que há crianças a assitir os jogos e, deve haver uma linha vermelha que não devemos nunca ultrapassar, para que essas crianças possam entender que o desporto é salutar e que as rivalidades também o são… mas, não devem passar, mesmo, disto!
Jornal Mira Online