14.6.20233
A noite do dia 3 de Junho foi incrivelmente fantástica. Mais de duas mil pessoas fizeram questão de voltar aos anos 80, onde as bandas tornaram-se eternas, como eternas, são as recordações daqueles anos…
A pacatez da aldeia de Portomar foi quebrada, como costuma ser nos loucos dias das suas Festas anuais. Mas, desta vez, o motivo foi o de levar a tempos passados aqueles que tiveram a felicidade de neles viver, bem como o de dar um cheirinho à malta mais nova que sempre ouviu falar, mas não havia vivenciado, até agora, tal experiência.
Pedro Miguel Gordo foi o porta-voz de toda a brilhante organização de um evento “que veio, seguramente, para ficar!” Mas, se o leitor pensa que a ideia fica-se por aqui, está bem enganado: “queremos, num futuro a curto prazo, alargar tal evento à outras décadas, onde outras coisas aconteceram na música e nas sociedades” assume “pois nada é tão intergeracional e abrangente como a música…”
Classificando como “fantástica noite” aquilo que aconteceu, Pedro Gordo fez questão de deixar bem claro que “este Festival é muito mais que música. É trocarmos impressões sobre aquilo que acontecia nas nossas vidas por aquela altura. É experimentarmos as bifanas e os cachorros, até com os preços marcados em Escudos… quem não gosta de passar novamente por emoções como estas?” atira.
Pessoas de todas as idades marcaram presença: desde os mais jovens aos seniores, muitos foram os que quiseram abanar o capacete e só não jogaram flipers ou praticaram outras atividades alusivas à época, porque, como Pedro Gordo disse, “claro que não foi possível colocar tudo em prática na primeira edição, devido a muitas ideias não serem realizáveis à primeira”. Entretanto, não deixou de afirmar que “aos poucos vamos acomodando todas as situações para que, em cada edição, os nossos visitantes se sintam, ainda mais, “dentro” dos tempos de antigamente…”
Prometendo retornar durante as Festas de Portomar e Cabeço, ainda este ano, o espírito do Revival já conquistou uma enorme simpatia entre os que estiveram presentes na primeira edição. Tanto é, que já tem agendada a segunda, para o primeiro fim de semana de Junho de 2024, para “cimentar sua presença, sempre na senda de englobar todo o Concelho noutras atividades culturais, num espaço exemplar que, entretanto, necessita de algumas reformulações para poder dignificar ainda mais, os eventos que, ali,vão sendo realizados…”, concluiu o sempre irrequieto Pedro Miguel Gordo, um verdadeiro impulsionador e dinamizador da cultura e do desporto mirenses, sempre engajado com muitos outros elementos, no projeto que o Clube Domus Nostra apresenta com regularidade e constância.
O Festival Portomar Revival Fest foi criado e dinamizado pelo Clube Domus Nostra / Seção Nostramotor e contou com a contribuição preciosa da Comissão de Festas de 2023, na confeção do almoço, para além dos indispensáveis apoios da Câmara Municipal de Mira e da Junta de Freguesia de Mira.
Jornal Mira Online
Imagens: João Filipe Terrível, a quem o Mira Online agradece a disponibilidade