A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ílhavo (CPCJ), reuniu, na sua modalidade alargada, no passado dia 20 de Janeiro e aprovou o Relatório Anual de Avaliação das Atividades, relativo ao ano de 2014.
Durante o ano transato a CPCJ de Ílhavo interveio junto de um total de 257 crianças e jovens em perigo, atendendo a que transitaram para o referido ano 98 processos de promoção e proteção ativos, foram reabertos 29 processos e foram abertos 130 novos processos. Relativamente ao número de novos processos de crianças e jovens verifica-se uma tendência de decréscimo desde 2012 da ordem dos 22%, o que poderá indicar a existência de um maior investimento das entidades com competência em matéria de infância e juventude na prevenção primária e ao nível da intervenção de primeira linha para a promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens em perigo mas, também uma diminuição da deteção e sinalização das situações de perigo.
Durante o ano de 2014, foram arquivados 168 processos de promoção e proteção, pelo que transitaram ativos para 2015, 89 processos.
No tocante às situações de perigo envolvendo crianças e jovens que foram participadas à CPCJ o maior número diz respeito à exposição a comportamentos que afetam o bem-estar e o desenvolvimento (23,8%), seguindo-se da negligência (21,8%), as situações em que as próprias crianças/jovens assumem comportamentos que afetam o bem-estar e desenvolvimento sem que os pais se oponham de forma adequada (15%), o absentismo escolar (10,9%), o mau trato físico (8,8%), o abandono escolar (6,8%) e a exposição a violência doméstica (6,1%).
Relativamente à origem das participações de crianças e jovens em perigo, continuam a ser os estabelecimentos de ensino a principal fonte de informação (30,6%), sendo que os pais, a par dos estabelecimentos de saúde e das participações sem fonte identificada, constituem a segunda principal origem das sinalizações (10% cada).
Tendo presente as conclusões da avaliação das atividades da CPCJ de Ílhavo, a Comissão Alargada aprovou um Plano de Ação para 2015 que define um conjunto de atividades direcionadas à comunidade, tendo em vista o acompanhamento de crianças e jovens em perigo, a prevenção primária dos maus tratos infantis, divulgação dos direitos das crianças e qualificação dos técnicos e da intervenção.