A ministra do Comércio britânica, Liz Truss, confirmou hoje ter notificado formalmente os 11 países membros da parceria transpacífica global e progressista (CPTPP) do desejo do Reino Unido de aderir.
“Acabei de notificar formalmente os países da CPTPP sobre a nossa intenção de aderir. A participação irá: colocar o Reino Unido no centro de algumas das economias de crescimento mais rápido do mundo, criar empregos de alto valor em todo o Reino Unido (e) ajudar-nos a construir um sistema comercial global melhor”, escreveu na rede social Twitter.
A CPTPP é uma aliança de comércio livre que reúne 11 países da zona do Pacífico, incluindo Austrália, Canadá, Chile, Japão, México e Vietname.
O Governo britânico espera que as negociações para a adesão comecem ainda em 2021.
A CPTPP foi anunciada em finais de 2018 para suprimir as barreiras comerciais entre os 11 países que integram a parceria e representam cerca de 500 milhões de consumidores na região Ásia-Pacífico.
Um dos objetivos consiste também em contrariar a crescente influência económica da China.
Esta parceria transpacífica global e progressista constitui a nova versão do pacto de comércio livre transpacífico (TPP), abandonado pelo ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
O Reino Unido deixou a união aduaneira da União Europeia definitivamente em 31 de dezembro, com o fim do período de transição pós-Brexit, e pretende forjar “novas parcerias que vão fornecer enormes vantagens económicas ao povo do Reino Unido”, disse o primeiro-ministro britânico, Boris Jonhson, num comunicado emitido no domingo.
“O pedido para sermos o primeiro novo país a juntar-se ao CPTPP prova a nossa ambição de promover negócios nas melhores condições com os nossos amigos e parceiros em todo o mundo e de sermos um fervoroso apoiante do comércio livre mundial”, acrescentou.
Liz Truss está confiante de que a participação na CPTPP “significará direitos alfandegários mais baixos para os construtores de automóveis e os produtores de whisky e um melhor acesso para os excelentes fornecedores de serviços [britânicos], fomentando empregos de qualidade e uma maior prosperidade para as pessoas aqui”.
Lusa
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