10.6.2023 –

A Flash Interview de hoje trata da possível saída do Presidente da Câmara, já que é candidato a Presidente do Turismo do Centro. Conheça as suas ideias para o futuro próximo…

MO – Está a iniciar uma nova etapa na sua atuação política. Em Julho irá a votos, candidatando-se ao cargo maior do Turismo do Centro. O que o motivou a aceitar concorrer a este cargo?

RA – Bem, recebi vários desafios lançados por empresários da área do Turismo e alguns autarcas que entenderam que tenho o perfil para o cargo visto que conheço o setor turístico e tenho​ ​obra feita na área da gestão. Após uma breve reflexão, considerei ter competência para o enorme desafio que é esta posição e acabei por aceitar. Entretanto, é bom recordar que nada é certo, ainda… primeiro será preciso ir à eleições e ganhar!

MO – Como pensa que os mirenses estão a olhar para esta nova etapa?

RA – Penso que, no geral, os cidadãos de Mira compreenderão que existem ciclos nas nossas vidas.

Acho que eles percebem que houve e continuará a existir na Câmara Municipal, um trabalho sério até agora liderado por mim e que, se for o caso, terá continuidade, certamente, por parte da excelente equipa que tem me acompanhado.

As pessoas irão perceber que o trabalho naquela Câmara não tem só um rosto… todos os outros que lá estão são perfeitamente capazes de dar continuidade ao “espírito” do projeto. Em suma, como cidadão devo dizer que há momentos nas nossas vidas que temos de tomar decisões e foi essa, a que tomei.

Claro está que, no caso de sair, terei de fazer um balanço daquilo que encontrei e daquilo que deixo para o futuro do Concelho.

MO – Pretende, com sua forma de atuar, fazer alterações de fundo no Turismo do Centro?

RA – Não! Numa primeira fase, não pretendo fazer grandes modificações. Tenho muito apreço pelo trabalho desenvolvido pelo Dr. Pedro Machado. É claro que pretendo dar um cunho pessoal, aqui e ali, mas sem nunca fugir da continuidade de um projeto que tem se mostrado vencedor.

MO – Há quanto tempo começou a preparar essa alteração na sua atividade profissional?

RA – Há cerca de 3, 4 semanas. As coisas foram acontecendo e, sinceramente, há pouco mais de um mês, se alguém me perguntasse se isso seria possível, eu diria que não! Não me passava pela cabeça este quadro atual, mas foi o reconhecimento dos meus pares nas minhas capacidades, foram aqueles telefonemas que fui recebendo, que tornaram possível que eu meditasse sobre esta possibilidade durante dois ou três dias e acabasse por aceitar tal convite.

MO – Como considera que a sua experiência de autarca pode beneficiar no seu desempenho, nesta eventual nova função?

RA – Como sabe, os autarcas têm de possuir um conhecimento amplo dos seus territórios. Assim sendo, considero que esta experiência deve ser transferida para um território mais alargado.

Considero que podemos – e devemos – aumentar as rotas, promovermos produtos regionais de forma estruturada, de forma a que os visitantes fiquem mais tempo. E considero primordial que possamos aumentar ainda mais as qualificações para quem trabalha nesta área tão sensível e importante para a região e o país: o Turismo é uma excelente fonte de rendimentos e geradora de serviços que devem ser, cada vez mais, realizados por pessoas muito bem qualificadas!

Jornal Mira Online