15.10.2024 –
É da pequena localidade da Corujeira, no concelho de Mira. Tem 21 anos, já praticou futsal e, recentemente, começou a praticar surf. É licenciada em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e é a nova estrela da arte gandaresa. Conheça a Raquel: uma simpatia em pessoa e um talento a toda a prova!
JMO – A paixão e o talento musical… quando apareceram na sua vida?
RF – Posso mesmo dizer que a paixão pela música nasceu comigo. Desde bebé que reagia muito à música, ainda hoje sei de cor todas as músicas dos desenhos animados que via. Uma das minhas brincadeiras preferidas era fingir que era cantora e gravar videoclipes. Já na creche e depois na escola primária, os professores notavam que eu realmente gostava e tinha aptidão para a música, chegando a ir acompanhar os professores a outras escolas para cantar. Entretanto, acabei por entrar num coro infantil, comecei a ter aulas de formação musical e guitarra, envolvi-me no teatro musical e cheguei também a ter aulas de teclado. Concorri à 1ªedição do Nostracantores que na altura acabei por ganhar, participei em duas edições das Escolíadas com a Escola Sec/3 Drª Maria Cândida e durante o meu secundário tive aulas de canto e fui vocalista da banda Blackout (pop-rock). Com a pandemia e a entrada na faculdade, infelizmente, veio a minha paragem no meio da música.
JMO – Conte-nos um pouco dos seu trajeto pessoal, para que as pessoas possam conhecê-la melhor…
RF – Sou uma pessoa muito ligada aos meus amigos, gosto de estar envolvida em associações de voluntariado e/ou estudantis que me permitam ter algum impacto na comunidade (foi o meu foco durante estes últimos anos de faculdade). Trabalhei um ano para ganhar experiência na área e agora ingressei no mestrado em Economia e Gestão da Inovação pela Faculdade de Economia do Porto (FEP).
JMO – Como surgiu a ideia de candidatar–se ao “The Voice”?
RF – Passado quase 5 anos sem nenhum projeto musical e a cantar apenas para as paredes do meu quarto, decidi que estava na altura de acordar esta parte minha que é completamente crucial para a minha felicidade e bem-estar. Sentia-me realmente incompleta sem a música de forma mais constante na minha vida e foi assim que decidi concorrer porque não tinha nada a perder!
JMO – Ter sido escolhida para o concurso foi uma surpresa para si ou acreditava que isso iria acontecer, realmente?
RF – Na verdade, nunca refleti sobre se conseguiria realmente chegar às provas cegas…
JMO – Nininho Vaz Maia é o seu “mentor”. Fale-nos um pouco dele.
RF – Sou imensamente grata ao Nininho. A verdade é que estou com algumas condicionantes de saúde que não me permitiram dar a atuação que gostaria, mas ainda assim o Nininho acreditou no meu potencial e deu-me um voto de confiança no último segundo da minha atuação. Agradeço-lhe muito o apoio e o facto de ter conseguido ver para além daquela atuação.
JMO – Agora que “já lá está”, certamente, a Raquel pretenderá ultrapassar as barreiras que forem surgindo. No seu íntimo, qual é o seu grande objetivo no concurso?
RF – Do que depender de mim e dentro das minhas circunstâncias, darei o meu melhor e acredito nas minhas capacidades para chegar o mais longe possível, embora saiba que, por razões de saúde, não irei estar no meu potencial máximo.
JMO – Há um “antes” na vida artística da Raquel e há um “agora”. E o “depois”? consegue ver-se em outros palcos depois de ter-se dado a conhecer ao público?
RF – Espero que esta experiência me abra portas para voltar aos palcos de que tanto anseio e sinto saudades.
Jornal Mira Online