O que se viu ontem, no Cabanão de Portomar, foi apenas a primeira demonstração do que aguarda o Domus Nostra no seu campeonato nacional da segunda divisão!
Eletrizante final se viu, depois de uma primeira parte que em nada fazia prever o que aconteceria! Os primeiros vinte minutos mostraram duas equipas cautelosas, que se respeitavam mutuamente e pouco arriscaram, embora pertencessem aos da casa, as mais soberanas oportunidades de golo, incluindo uma bola ao ferro em remate de Tiago Bastos.
Já a segunda parte foi totalmente diferente. Teixeira (grande jogador), em contra-ataque rapidíssimo colocou os visitantes, vindos de Nelas, a vencerem, contrariando o que se passava naquele momento, em jogo. O Domus era dominador, mas era o Nelas quem se adiantava no marcador!
Daí para a frente o que se viu foi uma avalanche da equipa caseira, que teve a oportunidade soberana de aproveitar de livres, após os visitantes terem cometido a quinta falta a… 7:13 do fim do jogo! Mas, “nunca mais” os homens de Nelas se atreveram a entrar mais duro, evitando claramente que o Domus pudesse tomar partido disso.
O jogo ia numa toada totalmente ofensiva da equipa local, que atreveu-se a colocar um guarda-redes avançado, num risco que Cláudio assumiu, mas até ao final, esta estratégia teimava em não dar certo!
Quando o público viu, num único remate de Chico, a bola bater nas duas traves, passando por cima da linha de golo, caprichosamente, até que Ferreira (que grande guarda-redes possui o Nelas!) caísse em cima da bola negando o golo, pareceu que o destino estava traçado.
Mas, engana-se quem pensa que os adeptos do Domus Nostra baixaram os braços. Engana-se quem acredita que com 0-1, a acontecer lances destes, os jogadores desanimam…
Tanto lutou, tanto encurralou o adversário, tanto deu o litro, que o prémio chegou e o grito de golo ecoou por todo o pavilhão… a 5 segundos do fim!
Mickey, após cruzamento de Chico, deu uma enorme sensação de justiça a um encontro em que, saírem derrotados era o máximo… da injustiça!
Grandes. Enormes. Jogadores destes quaisquer equipas gostavam de ter: quando falta a mesma qualidade do adversário, procuram superar na garra. Quando faltam pernas, procuram buscar as forças no coração apaixonado pela camisola que envergam!
Jogando assim, podem (em qualquer situação) perder. Mas, nunca, jamais, serem derrotados. Porque, entre “perder” e “ser derrotado” existe uma palavra que define toda a diferenças: a “Atitude”!
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