PSP e Hospital de Faro desmentem alegações de André Ventura

15.05.2025 –

A PSP e a Unidade Local de Saúde do Algarve (ULSA) desmentiram esta quarta-feira, 15 de maio, declarações feitas por André Ventura e Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, sobre alegadas ameaças e incidentes de segurança no Hospital de Faro.

André Ventura, que foi internado após um episódio de refluxo gastroesofágico com pico hipertensivo durante um comício em Tavira, afirmou ter sido alvo de ameaças enquanto estava hospitalizado, tendo, segundo ele, sido colocado “numa sala com segurança à porta”.Pedro Pinto declarou publicamente que grupos, alegadamente ligados à comunidade cigana, tentaram invadir o hospital.

Em comunicado, a administração da Unidade Local de Saúde do Algarve esclareceu que Ventura foi apenas colocado num quarto individual por razões médicas e logísticas, sem qualquer relação com ameaças ou medidas de segurança especiais. A PSP confirmou ter reforçado o policiamento no exterior do hospital, devido à presença de algumas pessoas junto à unidade, mas garantiu não ter ocorrido qualquer tentativa de invasão, tumulto ou incidente relevante.

Após as declarações de André Ventura sobre alegadas ameaças durante a sua hospitalização no Hospital de Faro, e o subsequente desmentido por parte da PSP e da Unidade Local de Saúde do Algarve, diversas figuras políticas e entidades reagiram à controvérsia.

Reações Políticas

  • Pedro Nuno Santos (PS): O líder socialista criticou as declarações de Ventura, considerando-as uma tentativa de instrumentalizar o sistema de saúde para fins políticos. Santos enfatizou a importância de não politizar instituições públicas, especialmente em períodos eleitorais.

  • Iniciativa Liberal (IL): A IL expressou preocupação com a propagação de informações não verificadas que possam comprometer a confiança nas instituições. O partido apelou à responsabilidade dos líderes políticos na divulgação de declarações públicas.

  • Partido Comunista Português (PCP): O PCP condenou o que classificou como “manobras de distração” por parte do Chega, acusando o partido de desviar a atenção dos reais problemas do país através de polémicas infundadas.

Reações Institucionais

  • Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP): A ASPP/PSP manifestou apoio à atuação da PSP no caso, destacando a importância de não politizar o trabalho das forças de segurança. A associação reiterou a confiança nas declarações oficiais da polícia.

  • Ordem dos Médicos: A Ordem dos Médicos sublinhou a necessidade de preservar a integridade e a neutralidade dos profissionais de saúde, alertando para os perigos de envolver o setor da saúde em disputas políticas.

Fontes: Observador, Sábado, SIC Notícias

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