Pode ler, abaixo e na íntegra, o texto da Comissão Política do PSD de Cantanhede
“Comentários à nota de repúdio da Comissão Política do Partido Socialista de Cantanhede CONTRA A CHOCANTE TENTATIVA DE MANIPULAÇÃO… A VERDADE DOS FACTOS!
Porventura embalado pelo espírito deste tempo em que se que vulgarizaram as “fake news”, o Partido Socialista de Cantanhede decidiu ensaiar a construção de uma narrativa alternativa à realidade, não hesitando para isso em recorrer à distorção dos factos e a insinuações manhosas sobre um processo absolutamente cristalino.
Percebe-se o interesse da comissão política dos socialistas de Cantanhede (não acreditamos que os socialistas deste concelho se revejam em tal nota de repúdio) em lançar a confusão, na vã tentativa de escamotearem o evidente desprezo do Ministério da Saúde para com a população do concelho, um desprezo traduzido no encerramento da Consulta Aberta no Hospital Arcebispo João Crisóstomo.
O que ninguém esperava é que o PS de Cantanhede quisesse desvalorizar essa decisão unilateral, arbitrária e profundamente atentatória do direito dos munícipes ao acesso a serviços de saúde em tempo útil. Que fique bem claro: a decisão de fechar a urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo estava tomada pelo então Ministro da Saúde socialista, Correia de Campos, à semelhança do que aconteceu noutros hospitais do país, e o que João Moura conseguiu na altura foi negociar a abertura da Consulta Aberta.
Chame-se o que se quiser, mas o que está em causa é, efetivamente, o “encerramento” de um serviço nos seus períodos mais críticos, assim como das suas valências mais essenciais.
Foi contra esta situação que o presidente da Assembleia Municipal se manifestou no seu discurso do Feriado Municipal com uma contundência digna de aplauso, o que aliás também fez a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, mas os socialistas da comissão política, por razões que a razão desconhece, decidiram emitir um comunicado a repudiar a crítica absolutamente justificada ao “encerramento” da Consulta Aberta aduzindo argumentos estapafúrdios e falsos pois não há nenhum documento assinado pelo presidente da Câmara Municipal de Cantanhede de 2005 a 2017 onde este compactue com o encerramento da urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo.
Apenas esteve em causa (como tem estado ao longo dos últimos anos) a preocupação com os SERVIÇOS DE SAÚDE DE QUALIDADE NO MUNICÍPIO DE CANTANHEDE e a DEFESA DO SNS.
Defender o SNS exige que não nos conformemos com o que está mal, denunciando de forma construtiva e exigindo fazer parte das soluções. É esse o nosso dever coletivo. E é isso que o Município tem feito, o que nos apraz registar. Lembramos a propósito as diligências já efetuadas nesse sentido pela Dr.ª Helena Teodósio nomeadamente junto da ARS e do Ministério da Saúde, para que, conjuntamente, sejam equacionadas as melhores soluções para os problemas que têm vindo a acentuar a degradação dos serviços de saúde no concelho de Cantanhede. Era isto que estava e está em causa e que foi colocado como preocupação central nos discursos do dia do Feriado Municipal.
É certo que algumas medidas previstas no protocolo nunca saíram do papel e que a Consulta Aberta deixou de funcionar nos moldes acordados a partir de determinada altura, por causa da manifesta falta de meios e recursos, mas isso deve-se, exclusivamente, ao desinteresse do Ministério da Saúde e da ARS em cumprirem aquilo com que se comprometeram.
Mas nem isso merece reparo para a comissão política do PS-Cantanhede. Para esta é suficiente a substituição da Consulta Aberta que deveria funcionar das 8h00 às 24h00 por um atendimento muito reduzido e limitado, no Centro de Saúde, sem os serviços de análises clínicas e de electrocardiografia na maioria das circunstâncias.
Acresce que, na sua ânsia de desviar as atenções do essencial, a comissão política do PS-Cantanhede vai ainda mais longe, acusando o anterior presidente da Câmara Municipal de ter apoiado a privatização do Hospital. Também isto é completamente falso, como se pode constatar pelos factos que no documento em anexo esclarecemos, estes sim incontestavelmente verdadeiros.
Acresce que, na sua ânsia de desviar as atenções do essencial, vão ainda mais longe, acusando o anterior presidente da Câmara Municipal de ter apoiado a privatização do Hospital. Também isto é completamente falso, como se pode constatar pelos factos que no documento em anexo se explica, estes sim incontestavelmente verdadeiros.
No documento ainda recorrem à velha e mais batida falácia do “privado”, um embuste ideológico, populista e mentiroso! QUANDO O QUE SE DEFENDE É DIGNIFICAR E MELHORAR OS SERVIÇOS DE SAÚDE. O que se pretende é que o Hospital cumpra a sua missão com melhores meios e recursos, no quadro dos princípios inerentes ao Serviço Nacional de Saúde.
Se estão empenhados, juntem-se à luta do PSD na defesa intransigente da qualificação dos serviços de saúde no concelho de Cantanhede e tomem posição clara contra as sucessivas afrontas dos governos do PS. Deem a cara, sem medo, sem receio de perderem os lugares conseguidos através de nomeação política! E, já agora, façam alguma coisa para que o Ministério da Saúde pague à Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede as rendas atrasadas pelo aluguer das instalações do Hospital.
Não julguem que as mentiras insistentemente repetidas se tornam verdade.
O povo do concelho de Cantanhede tem demonstrado sempre a sua enorme capacidade para distinguir factos de narrativas artificiosas e falsas.
Connosco, o futuro do Concelho e o melhor para os munícipes estará sempre na primeira linha da nossa acção política.
Comissão Política de Secção do PSD – Cantanhede”