21.10.2024 –
Pode ler o Comunicado do PS Cantanhede, abaixo e na íntegra”:
“Foi com apreensão que a concelhia do Partido Socialista de Cantanhede tomou conhecimento da alegada deslocalização de equipamento hospitalar da unidade de Cantanhede (HAJC) para a Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS – Coimbra). Neste caso, diz respeito a mudança de equipamento técnico de microbiologia que é essencial para a prestação de serviços de análises clínicas no HAJC à população de Cantanhede.
Se a esta realidade acrescentarmos a possível mobilidade de recursos humanos (e não só) do Hospital de Cantanhede para o de Coimbra e a posição de pressão muito menos intensa por parte do município, perante a tutela, desde que o novo governo tomou posse, é caso para questionarmos se estes não serão os primeiros episódios de um processo de potencial esvaziamento de serviços e valências do HAJC, seja lá com que objetivo for.
Perante estas preocupações e perante a ausência de uma postura mais assertiva por parte do Município de Cantanhede que se tem verificado nos últimos tempos, de modo a compreender o que se pretende para a saúde em Cantanhede, em reunião no dia 21 de outubro, a Comissão Política do PS Cantanhede decidiu questionar por escrito o Conselho Diretivo do Hospital de Cantanhede e a Administração da ULS de Coimbra através das seguintes questões:
- Qual o papel do Hospital de Cantanhede na ULS Coimbra?
- É verdade que foram extintos serviços e projetos no Hospital de Cantanhede?
- Qual o plano para as sete camas de Medicina Interna, que deram uma excelente resposta de apoio aos CHUC na época COVID, entretanto reabertas mas rapidamente encerradas?
- Qual foi o impacto na produção do HAJC em 2024, nomeadamente nas especialidades médicas disponibilizadas na valência da Consulta Externa e a produção relativa às Consultas Externas, Unidade de Cirurgia de Ambulatório e Exames Complementares de Diagnóstico?
- É verdade que têm sido deslocalizados equipamentos do HAJC para o polo CHUC?”
- E relativamente aos Recursos Humanos, é verdade que foram também deslocalizados Técnicos Superiores (a tempo inteiro ou tempo parcial), nomeadamente dos serviços de apoio (Recursos Humanos e Unidade Financeira)?
- Esta política de esvaziamento de pessoal dos serviços de apoio do HAJC é para continuar, nomeadamente com Assistentes Técnicos? Já se encontram alguns em tempo parcial nesta mobilidade?
- Além dos serviços de apoio, está prevista a deslocalização de profissionais de saúde, nomeadamente de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica?
- Está previsto a diminuição ou encerramento de mais serviços à população?
- O serviço de prevenção médica ao HAJC tem decorrido dentro da normalidade? Está prevista alguma alteração para esta modalidade de serviços médicos?
- Relativamente ao “Serviço de Urgência Básica” ou “Consulta não programada de atendimento a agudos”, alvo de recente recomendação da Assembleia da República ao Governo, e uma reivindicação antiga de toda a população, que alterações foram feitas desde março (tomada de posse do novo Governo) até à presente data? E qual o projeto previsto para o futuro a curto e médio prazo?
Enquanto força política o PS de Cantanhede, tal como já o fez no passado, mesmo com governos socialistas no poder, considera que é fundamental manter o Hospital de Cantanhede como serviço público de prestação de cuidados de saúde com qualidade para a população de Cantanhede.“