Comunicado do PS de Cantanhede acerca dos impostos no município. Leia o texto, abaixo, na íntegra…
“A manutenção dos impostos municipais mostra uma Câmara Municipal pouco solidária para com as dificuldades que o Covid 19 tem causado às pessoas e às empresas em Cantanhede.
Não é novidade que o nosso concelho tem vindo a perder pessoas, empresas e outras oportunidades das mais variadas naturezas. É, para nós, imperioso reverter esta situação. Por isso, há muitos anos que a bancada do Partido Socialista defende que a aplicação das cargas fiscais no seu valor mínimo trará a atratividade tão necessária para Cantanhede. Com a pandemia, achávamos que a Câmara Municipal de Cantanhede (CMC) fosse sensível às dificuldades inéditas sentidas pelas pessoas, agregados familiares e pelas empresas. Pelos vistos, estávamos enganados.
IMI
No caso do IMI, sabemos que a obrigatoriedade do cumprimento deste imposto tem criado dificuldades à vida dos munícipes e dos agregados familiares. Aliás, concelhos vizinhos foram sensíveis a esta questão: reduziram este imposto, facilitaram o seu pagamento etc. Reconheceram que a pandemia agravou as condições de vida das pessoas. No entanto, a CMC fez um pouco de folclore com uma redução irrisória e impôs o cumprimento deste imposto. Esta posição representa uma inenarrável falta de solidariedade do executivo perante as dificuldades que os munícipes estão a sentir neste momento. É uma gritante falta de humanismo!
Derrama
No que concerne à imposição da Derrama – imposto para as empresas. Desde sempre considerámos que as políticas municipais deverão potenciar o desenvolvimento económico e a captação de investimentos. É isto que gera riqueza. É isto que gera emprego para o concelho. É excessivo cobrar uma taxa de 1,5% sobre o lucro tributável para as empresas com volume de negócios acima dos 150.000€. Mais uma vez volta-se a penalizar os maiores empregadores do concelho. Assim, para além de ser pouco atrativa e em clara contracorrente com alguns concelhos da nossa região, neste momento, esta medida é errada. Aqui também não há solidariedade para com o tecido empresarial de Cantanhede que tem sido fortemente abalado pela pandemia.
IRS
Em relação ao IRS, o PS de Cantanhede defende uma redução do IRS em 2% quando a taxa máxima é de 5%. A redução desta receita, representa uma redistribuição deste dinheiro pelos agregados familiares que, mais uma vez, por razões da pandemia, tiveram os seus rendimentos reduzidos. Pior é que a Câmara Municipal teve lucros no final do ano transato. Mesmo assim não reduziu este imposto por pura opção.
Será que não haviam condições para ir mais longe nos benefícios fiscais aos munícipes? Será que, mesmo em tempos de pandemia, os munícipes não merecem uma Câmara mais sensível e solidária para com as dificuldades que estão a sentir neste momento? Nós achamos que sim. Não é com poemas, propaganda e notícias falsas que os problemas se resolvem. Não é a jogar ao “faz de conta” que iremos ultrapassar este desafio. É com medidas e ações concretas. Algo que a Câmara liderada por Helena Teodósio não tem feito!”