Propinas pagas para os seis melhores caloiros de Física

Que têm em comum o Diogo, a Mariana, o Tiago, a Ana, o Hugo e o Ricardo? São apaixonados pela Física, entraram em setembro na Universidade de Aveiro (UA) no Mestrado Integrado com que sempre sonharam – o de Física, claro está! – e foram os seis felizes contemplados com o pagamento integral das propinas durante o 1º ano de curso. Porquê? Porque foram os seis candidatos ao curso com as melhores médias de ingresso e, por isso, mereceram os seis prémios de mérito patrocinados por outras tantas empresas nacionais e internacionais.

O financiamento das propinas por parte da indústria, uma iniciativa do DFis anunciada em julho e que estreou neste ano letivo, pretende ajudar a reduzir as necessidades de engenheiros físicos, numa área de formação que é atualmente a quarta com maior taxa de empregabilidade do Ensino Superior nacional, e atrair um maior número de estudantes de elevado potencial para ingressarem no Mestrado Integrado em Engenharia Física (MIEF). Os objetivos foram amplamente alcançados.

À iniciativa do DFis associaram-se a Bosch, a Aspöck, a Prirev, a MTBrandão, a Chatron e a Costa Verde, empresas de elevado pendor tecnológico a operarem em áreas da vanguarda de conhecimento, seja na Energia, nos Materiais Avançados, na Optoeletrónica e Fotónica, na Instrumentação ou na Micro e Nanotecnologias, que, para João Miguel Dias, diretor do DFis, “demonstraram reconhecer a importância e necessidade de formar quadros superiores na área da Engenharia Física, assim como a qualidade deste curso na UA”. Este reconhecimento, aponta, “foi da maior importância para demonstrar aos estudantes em fase de ingresso no Ensino Superior as potencialidades das graduações nesta área”.

Objetivos alcançados 

“Ingressou no MIEF um número significativo de estudantes com elevadas médias de candidatura, dos quais seis foram agraciados com a atribuição de Prémios de Mérito”, congratula-se João Miguel Dias. Assim, aponta o responsável, “o DFis conseguiu aumentar a atratividade pelas graduações de excelente qualidade que oferece, preenchendo as 40 vagas disponíveis para ingresso nos cursos de Física”. Um fato que para João Miguel Dias demonstra a importância de dar a conhecer aos estudantes “as potencialidades destas graduações e que traduz o manifesto interesse dos estudantes vocacionados para as ciências exatas e engenharia por esta área científica”.

Perante o êxito, o DFis pretende já que a iniciativa prossiga nos próximos anos, promovendo o ingresso no MIEF de estudantes com elevadas médias de candidatura, e potenciando a parceria com empresas nacionais e estrangeiras que apostam na formação oferecida pelo DFis.

“Desejamos manter as parcerias com todas as empresas que este ano integraram esta iniciativa, mas iremos desenvolver esforços no sentido de aumentar o número de empresas envolvidas, e consequentemente de prémios a atribuir”, antecipa João Miguel Dias. Um desejo que decorre do “elevado número de estudantes com médias de candidatura elevadas a ingressaram no MIEF sem que tenha sido possível o reconhecimento formal da sua elevada qualidade”, e também da “motivação para aumentar a visibilidade do potencial desta graduação através do aumento das áreas de intervenção das empresas patrocinadoras do prémio”.

João Miguel Dias gostaria ainda que esta parceria do Departamento com as empresas, para além dos prémios de mérito já instituídos, contemple ainda a criação de bolsas de estágios curriculares para os estudantes finalistas do MIEF. “Seria extremamente interessante que os estudantes que agora foram agraciados com este prémio viessem a ter a possibilidade de efetuar o seu projeto ou tese de mestrado em colaboração com a empresa que patrocinou o seu ingresso no Ensino Superior”, deseja o diretor.

O que dizem os estudantes:  

Diogo Carvalho, 17 anos, Ílhavo – média de ingresso: 180.8

“Entrei no Curso de Engenharia Física como 1ª opção pois sempre gostei de física e apesar de este prémio não ter influenciado a minha escolha de curso, este é sempre uma importante forma de incentivo e recompensa do meu trabalho. Relativamente ao início das aulas, a adaptação ao ambiente universitário está a ser positiva, apesar do ritmo de trabalho ser, como é evidente, diferente. Já as minhas expectativas para o futuro são terminar o curso daqui a 5 anos, com uma boa média, e ingressar no mercado de trabalho numa área de investigação em física, ou quem sabe tirar um doutoramento”.

Mariana Brás, 17 anos, Lisboa – média de ingresso: 177,5

“Escolhi a UA por influência de pessoas que já aqui tinham estudado e que, para além de terem gostado imenso de tudo o que a universidade lhes proporcionou, são hoje em dia bem-sucedidas. E claro, por ter reconhecido nesta o seu devido prestigio. Até hoje toda a experiência tem sido muito boa, quer os professores quer os alunos de anos superiores são muito simpáticos e estão sempre prontos a ajudar. Para o futuro desejo apenas acabar o curso no seu tempo previsto e continuar a conhecer pessoas fantásticas que me acompanhem durante esse tempo”.

Tiago Silvério, 18 anos, Leiria – média de ingresso: 167,3

“Para mim o mais importante é a dedicação. Ela define a nossa personalidade. Vou fazer este curso com a melhor nota possível porque, no fim de contas, a dedicação só de mim depende. Também é meu objetivo fazê-lo com estes colegas e com toda a comunidade da bela UA”.

Ana Catarina Nepomuceno, 18 anos, Anadia – média de ingresso: 166,3

“As coisas na universidade estão a correr bem. Acho que fiz a escolha acertada e os meus colegas de curso, deste ano e anteriores, só dão mais certezas disso. A minha expetativa principal é conseguir acabar o curso nos cinco anos e com boas notas, tendo a experiência universitária de que tanto se fala, mas penso que isso [a expectativa] seja a de todos”.

Hugo Guilherme Trigo, 17 anos, Aveiro – média de ingresso: 164.8

“A entrada neste curso com um prémio de mérito foi algo que me surpreendeu e me agradou muito. No entanto, apesar de este ser o meu curso de eleição, ainda não tenho um objetivo delineado sobre o que quero seguir e atingir dentro do mesmo”.

Ricardo Nunes, 17 anos, Viseu – média de ingresso: 164,5

“Fiquei muito feliz e surpreso por ter recebido este prémio o que me deixou ainda mais motivado. Até agora, o início deste novo ano na UA tem sido bom. A minha adaptação a este novo ambiente está a correr bem. As minhas expectativas são as melhores. Tenciono terminar o Mestrado Integrado em Engenharia Física em cinco anos sabendo que dei o meu melhor”.

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Fonte: http://uaonline.ua.pt/pub/detail.asp?c=44189&lg=pt