A Galp obteve um aumento da produção de petróleo em 57% até março, relativamente ao período homólogo de 2014, mas, em termos financeiros, pouco foi o impacto porque também a cotação do preço do crude caiu 50% nos mesmos períodos. Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp revela que terminou o primeiro trimestre do ano com uma produção líquida (“net entitlement”) de 38,7 mil barris de petróleo por dia, quando no mesmo período do ano passado produziu 24,6 mil barris.
Este aumento de produção ficou a dever-se, segundo a empresa, à entrada em funcionamento no Brasil no terceiro trimestre do ano passado, de uma unidade flutuante de produção adicional, a FPSO Cidade de Mangaratiba, no pré-sal brasileiro, onde também a FPSO Cidade de Paraty atingiu a sua capacidade de produção máxima durante o mesmo período.
No entanto, apesar de um aumento de produção, em termos de receitas, o impacto foi reduzido porque o preço médio do petróleo de Brent, o índice que mais interessa à Galp, caiu mais de 50%. O preço médio entre janeiro e março deste ano foi de 53,9 dólares o barril, quando no mesmo período do ano passado atingiu os 105,2 dólares.
Apesar da queda da cotação do Brent, este foi altamente compensado pelas margens de refinação que ultrapassaram os cinco dólares por barril, um valor a que há muito não se assistia e que contrasta com a margem negativa verificada no trimestre homólogo.
A Galp Energia registou uma bom desempenho nos volumes de matérias primas processadas, com aumentos de 34,1%, e na venda de produtos refinados (mais 19,7%), tirando partido da melhoria das margens de refinação europeias.
Fonte Jornal de Noticias