O Presidente da República agradeceu hoje ao associativismo pelo papel durante os anos de crise ao garantir tantas atividades e domínios da vida social, apelando a que nunca se esqueça o objetivo de “mais igualdade e mais justiça”.
Marcelo Rebelo de Sousa discursava no 16.º Encontro Nacional de Associações Juvenis, que decorre até domingo no Estoril, concelho de Cascais, começando por assumir ter “saudades do tempo em que era jovem”.
A sua palavra do Presidente da República foi de “gratidão” porque “naqueles anos de crise, em que o Estado não pode estar, não pode responder, não pode enfrentar desafios, foi o associativismo, foi a sociedade civil que garantiu tantas e tantas atividades, tantos e tantos domínios da vida social”.
“E no associativismo, o associativismo juvenil. Muito obrigado por esses anos de crise, muito obrigado nestes anos de saída da crise, que é sempre uma saída lenta, difícil e desigual. Sem o vosso papel, sem o papel associativo, sem o papel da sociedade civil, perdia a educação, o desporto, a solidariedade social, o encontro efetivo com as raízes do nosso país”, enalteceu.
A terceira ideia que Marcelo Rebelo de Sousa quis deixar prendeu-se com o futuro e sabendo que neste encontro vai ser discutido o ambiente, o diálogo entre gerações ou a era digital, o chefe de Estado deixou um apelo para que se esquecessem da importância de garantir “maior justiça e igualdade entre os portugueses”
“Temos uma sociedade ainda muito desigual. Há vários portugais que são esquecidos. E nós não precisamos de esperar por tragédias para nos lembrarmos desse portugais. Devemos antecipar, prevenir, para não ter de remediar”, pediu.
O Presidente da República apelou assim para que os presentes “nunca se esqueçam do objetivo de mais igualdade e mais justiça entre pessoas de diferentes idades, géneros, condições, regiões”.
No discurso que tinha feito antes, o presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis, Tiago Manuel Rego, fez um desafio ao Presidente da República para que no domingo se juntasse aos jovens participantes numa ida à praia e ao mar de Cascais, hábito que Marcelo mantém.
“Queria dizer-lhe que ouvi com atenção o desafio que me fez, inesperado. Tentarei regressar amanhã mais cedo para matar saudades e testar a juventude de todos”, prometeu.
Lusa