24.1.2023 –
São em atitudes como as que a população local encontrou na manhã desta terça-feira, que são perceptíveis a falta de respeito pelas pessoas e pelo património: a Igreja e o barco, que se localiza ali perto, foram vandalizados!
Por volta das 23:00 horas de Segunda-feira, dia 23, o Conselho Económico e Paroquial da Praia de Mira encerrou a sua reunião com o pároco e, “não havia nada” como explicou à reportagem do Jornal Mira Online, um desalentado Zé Manel que hoje, ao final da manhã, foi avisado de que o inexplicável acontecera: palavras de baixo calão sujavam o trabalho que ainda agora está no final, de pintura externa do templo.
Zé Manel, homem por demais conhecido como pessoa calma e sempre pronta a ajudar como pode, a Igreja da sua terra, não conseguiu esconder “a tristeza profunda por ver que isso ainda é possível acontecer nos dias que correm, em terras pacatas, como a nossa Praia de Mira”. Ainda incrédulo, deixa perguntas que espera poder, um dia, obter respostas de quem cometeu tal ato: “Qual o prazer, o gozo, que uma ou mais pessoas têm em cometer tal atrocidade ao nosso património? O que leva alguém a realizar uma barbaridade, a escrever em paredes de Igreja ou num barco que está numa rotunda a servir, apenas, como demonstração do orgulho das nossas gentes?” Por fim, lançou uma frase que provavelmente deixará muitos a pensar na sua profundidade: “Não somos obrigados a sermos católicos, evangélicos ou professarmos qualquer tipo de fé… mas, devemos respeitar os outros e sermos indulgentes com a opinião alheia!” atirou.
Após saber-se do sucedido, foi dada participação à GNR que, rapidamente, começou as suas diligências no sentido de tentar descobrir o presumível ou presumíveis autores do ato. Por ora, não há informações sobre alguém a quem se recaia alguma suspeita. A única certeza que parece existir, é a de que ele aconteceu entre as 23:00 horas de segunda-feira e o início da manhã de terça, quando chegaram os pintores para iniciar mais um dia de trabalho.
Por agora, resta a certeza de que todos estarão mais vigilantes e atentos e que dois espaços da Praia de Mira terão de receber a atenção de quem possa apagar o que foi escrito de forma tão indigna e desrespeitosa.
Jornal Mira Online