Portugueses vão gastar menos nas taxas moderadoras

É uma redução entre 22 e 24% já este ano, segundo as contas do ministro Adalberto Campos Fernandes.

Os portugueses vão gastar menos nas taxas moderadoras já em 2016. Uma redução entre 22 e 24%, segundo as contas do ministro Adalberto Campos Fernandes.

Esta redução da despesa a cargo das famílias portuguesas vai dever-se à redução do valor das taxas moderadoras; à isenção do seu pagamento para doentes referenciados através da Linha Saúde 24; e os doentes referenciados pelos centros de saúde, que até agora não pagavam taxa moderadora nos hospitais, vão continuar isentos, mas também não pagarão as taxas referentes aos exames complementares.

“Sabemos que para populações de baixo rendimento a diferença entre quatro ou cinco euros é muita significativa. Estamos a fazer o que podemos, num quadro de exigência orçamental, para proteger quem precisa de ser protegido”, justifica.

Questionado sobre o início destas medidas, o ministro explicou que as mesmas entrarão em vigor assim que for promulgado o Orçamento do Estado para 2016.

Um estudo apresentado esta terça-feira, em Lisboa, revela que cerca de 9% de consultas no Serviço Nacional de Saúde e 15% de urgências terão ficado por realizar porque os utentes não tinham dinheiro para as pagar.

O estudo da escola de gestão de informação da Universidade Nova de Lisboa concluiu que 8,9% de consultas nos centros de saúde e nos hospitais em 2015 não foram realizadas por causa da barreira do preço das taxas moderadoras.

A análise revela ainda que cerca de 15% de episódios de urgências acabaram por não ocorrer também devido ao factor preço das taxas moderadoras, tendo ficado por fazer mais de 5% de exames de diagnóstico.

Já em relação aos medicamentos, metade da população considera o seu preço adequado, mas ainda assim mais de 14% dos inquiridos optou por não comprar algum fármaco prescrito devido ao seu custo.

Fonte: rr.sapo.pt