Na reunião no Infarmed, André Peralta Santos explicou que a incidência da Covid-19 tem aumentado na faixa etária dos 0 aos 9 anos.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) explica que Portugal apresenta uma incidência moderada, “próxima dos 71 casos por cem mil habitantes”, com uma tendência crescente. O especialista André Peralta Santos, no Infarmed, explica que mais de duas dezenas de concelhos, com especial atenção para o Algarve e Alentejo, estão com uma tendência agravada.
“Alguns concelhos apresentam uma incidência superior a 120 casos por cem mil habitantes. São 22 concelhos, que correspondem a 6,5 por cento da população. Alentejo e Algarve apresentam os casos mais graves”, alerta.
Na reunião no Infarmed, entre especialistas e políticos, o dirigente da DGS observa que nas últimas três semanas, o Algarve e Baixo Alentejo foram as principais regiões afetadas pela pandemia.
O dirigente da DGS mostra que existe um aumento de casos na faixa etário dos 0 aos 9 anos, e um decréscimo mais idosos. “Também de realçar a diminuição de casos na faixa etária dos 80 anos, a mais vulnerável à morte”, aponta.
“Todas as faixas etárias têm uma incidência inferior, comparando com 15 de março, exceto a dos 0 aos 9 anos”, diz, com especial atenção na região de Lisboa e do Porto.
Peralta Santos nota que o número de casos ativos “é o mais baixo desde que há registos”, justificando com a vacinação.
Quanto às hospitalizações, a tendência decrescente continua, tanto em hospitalizações como nas unidades de cuidados intensivos.
Taxa de positividade continua abaixo dos 4%
Sobre a testagem, André Peralta Santos, da DGS, explica que existiu uma intensificação “com um padrão de maior incidência nos concelhos com mais casos”.
A taxa de positividade situa-se abaixo dos 4 por cento, o valor de referência para as autoridades de saúde, apesar de alguns “concelhos esporádicos” estarem acima do limiar.
“Aumento súbito da positividade foi acompanhado por um aumento da testagem, como seria de esperar”, diz. Nas últimas semanas, as autoridades têm notado uma tendência decrescente da incidência, mesmo com uma testagem intensiva.
“Esperamos sempre que a intensificação da procura se traduza numa diminuição da incidência”, explica.
Peralta Santos destaca ainda a rapidez na análise laboratorial, “que está nos seis por cento”.
Francisco Nascimento / TSF