No dia em que Irão e Nigéria fizeram o primeiro nulo do campeonato, e os EUA venceram por 2-1 Gana, num jogo eletrizante, Portugal fez a pior estreia de sempre numa grande competição. Perdeu 4-0 com a Alemanha, perdeu 2 jogadores lesionados (Hugo Almeida e Coentrão), perdeu Pepe expulso de uma forma quase que inadmissível, e perdeu “o norte”.

Foi uma tarde para esquecer. Ou melhor, para nunca mais esquecer! Pois, são dias como estes que devem servir de exemplo para que coisas como estas não aconteçam novamente.

De Rui Patrício (um horror com os pés) até Cristiano Ronaldo, pouco ou nada se viu. Faltou chama. Faltou entrega. Faltou luta. O pior não é perder: o pior é sentir que a Alemanha apenas jogou futebol, sem o brilhantismo da Holanda contra a Espanha. Jogou o que precisava contra uma equipa que “nem sequer entrou em campo”, tal foi a forma com que abordou o jogo.

Este foi o triste retrato de Portugal: mal táticamente, mal psicologicamente, péssimo na voluntariedade e na ânsia de dignificar sua bandeira e seu povo que (ainda) muito esperam por isso!

Portugal pode se recuperar. Pode passar à próxima fase. Pode até ser campeão do mundo (por que não?). Mas, infelizmente, de uma coisa, esta seleção não se livra: da péssima imagem que deu…