O governo português deu duas semanas a dez funcionários da missão diplomática russa para abandonarem o território nacional. A lista são detalha quem são estes funcionários, mas diz não se tratar de “diplomatas de carreira”.
Numa nota enviada esta tarde pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, o gabinete de João Gomes Cravinho diz que o governo português “notificou, esta tarde, o Embaixador da Federação Russa da sua decisão de declarar persona non grata dez funcionários dessa missão diplomática, cujas atividades são contrárias à segurança nacional.”
No mesmo texto, o governo esclarece que “nenhum destes dez elementos é diplomata de carreira e que disporão de duas semanas para abandonar o território nacional.” Não há informação que detalhe quem são estes funcionários.
O Governo português reitera a condenação, firme e veemente, da agressão russa em território ucraniano.”
A decisão do ministério dos Negócios Estrangeiros português segue a linha de vários outros países europeus, que anunciaram a expulsão de diplomatas russos nos últimos dias.
Hoje mesmo, o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia disse ter decido “designar ‘persona non grata’ vários membros da Representação Permanente da Federação Russa na UE por envolvimento em atividades contrárias ao seu estatuto diplomático”.
Segundo o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, esta medida responde a “atos ilegais e disruptivos da Rússia contra a segurança da UE e dos Estados-membros”.
Uma contagem feita esta tarde pela agência de notícias francesa AFP, o número de diplomatas russos expulsos de vários países da União Europeia desde a invasão da Ucrânia ascende a pelo menos 260.
Uma medida que a presidência russa (Kremlin) lamentou, afirmando que isso só vai dificultar as possibilidades de comunicação a nível diplomático numa altura em que “as condições já estão difíceis”
Isto “denota uma falta de visão que complicará ainda mais” as relações entre a Rússia e a União Europeia, declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
“E isso, inevitavelmente, levará a medidas de retaliação”, acrescentou.
Madremedia