Emoção, incerteza, polémica e golos na primeira meia-final da Taça da Liga. Não faltaram condimentos no clássico que terminou com vitória do FC Porto sobre o Benfica por 3-1, no Estádio Municipal de Braga. Os dragões carimbam a passagem para a final da prova.
Com várias novidades nos onzes, desde logo nas balizas entregues a Vaná e a Svilar, Bruno Lage e Sérgio Conceição tinham várias baixas mas colocaram em campo, ainda assim, várias unidades do habitual figurino.
A entrada em jogo das equipas foi afirmativa, com situações de perigo a rondarem ambas as balizas e o domínio da bola a ser repartido, ainda que ficando sempre a ideia de que o FC Porto tinha mais bola, com Brahimi a aparecer muito em jogo a ‘agarrar’ a equipa.
Por seu turno, sempre que as águias tinham a bola criavam perigo, sobretudo por Rafa Silva, que se mostrou muito móvel e esclarecido, num jogo onde o meio-campo portista tentou condicionar muito o jogo de Gabriel.
O FC Porto saiu a vencer com um golo de Brahimi, depois de uma jogada de entendimento entre Óliver e Marega que Svilar ainda tentou evitar com a ponta da bota mas sem efeito.
A festa portista durou pouco, uma vez que ao golo, que surgiu aos 24 minutos, o Benfica respondeu pouco depois, quando o relógico notava 31 minutos, por intermédio de Rafa Silva, a carimbar com um remate certeiro uma jogada que começou nos pés de Jardel que teve espaço e tempo para progredir.
Com o jogo empatado, não faltava emoção no Estádio Municipal de Braga que viu o FC Porto voltar para a frente do marcador, aos 35 minutos, por Marega que finalizou uma jogada que nasceu da sociedade Brahimi e Corona.
Braga apadrinhava um clássico movimentado e com emoção ao qual não faltou polémica com a arbitragem, nomeadamente num dos últimos lances da primeira parte, quando o Benfica chegou ao 2-2 mas o lance foi anulado. A equipa de arbitragem entendeu que havia fora de jogo no início da jogada.
Certo é que os portistas baixaram aos balneários na frente do marcador (2-1).
No regresso, nenhum dos técnicos mexeu no xadrez tático e a partida continuava palpitante, com jogadas de perigo a rondarem as redes de Svilar e Vaná.
À passagem da hora de jogo começaram as mudanças de ambos os treinadores com Gedson a render Gabriel e Conceição a responder com a entrada de Bruno Costa para o lugar de Corona e de Soares a render André Pereira.
O Benfica pressionava na busca do golo do empate e Bruno Lage colocava Castillo (tirava Pizzi) para tentar dar poder de ‘fogo’ ao ataque benfiquista e Conceição mudava Brahimi por Fernando Andrade.
O resultado estava numa incerteza e nas bancadas os adeptos (cerca de 23 mil) puxavam pelas suas equipas dando um colorido sonoro à festa da Taça da Liga.
A partida encaminhava-se para o final e Bruno Lage arriscou tudo ao tirar André Almeida para colocar Salvio, na tentativa de reverter a situação em campo.
O Benfica estava no ataque quando Fernando Andrade saiu disparado pelo corredor esquerdo e bateu Svilar, fazendo o 3-1. De nada valeu a corrida de Salvio para tentar retirar a bola ao brasileiro ex-Santa Clara.
Quando a placa de seis minutos extra subiu das mãos do quarto árbitro já estava em euforia total a bancada de adeptos portistas, enquanto que do outro lado, os benfiquistas, tentavam ainda ajudar os pupilos de Bruno Lage numa espécie de último fôlego.
A verdade é que Carlos Xistra acabou por apitar pouco depois para o final da partida, que terminou com a vitória sobre o rival lisboeta.
O FC Porto reserva lugar na final da Taça da Liga, que se vai realizar no próximo sábado, no mesmo estádio onde se jogou esta meia-final, em Braga.
Com Bancada.pt