Muita luta e duas equipas quase sempre a quer a bola no seu domínio num duelo que redundou numa vitória do Sporting sobre o SC Braga, nas grandes penalidades. Depois do empate a uma bola, foi preciso uma maratona de pontapés na marca dos 11 metros para encontrar o segundo finalista da Taça da Liga (4-3 penáltis). Levou a melhor o Sporting que vai agora defrontar o FC Porto.
A história do jogo em Braga começou cedo a ser escrita pelo inevitável Dyego Sousa que, aos três minutos, abriu a contenda de cabeça, após escapar à marcação da defesa leonina, na sequência de um cruzamento de João Novais.
Ainda estavam adeptos a ocupar os seus lugares nas bancadas do Estádio Municipal bracarense e já a equipa minhota estava na frente perante um Sporting que parecia ter entrado ‘a frio’ no embate.
De resto, o leão só para lá do quarto de hora de jogo é que começou a ter uma circulação com mais velocidade perante um Braga que tentava levar sempre perigo às redes de Renan, quando lá ia.
Luiz Phellype, que substituiu Bas Dost e foi a grande novidade no onze de Keizer, tentava combinações com Raphinha e Nani, mas o Braga procurava fechar os caminhos da sua baliza com pressão a toda a largura do campo e ia-se adaptando às circunstâncias do jogo.
Quando o Sporting estava em contexto de maior domínio, a equipa de Abel recolhia-se e dificultava a missão da equipa de Keizer que, depois de uma entrada a meio gás, lá foi conseguindo ficar mais coesa e intensa, espreitando o golo, que acabaria por chegar, aos 37, por Coates, que saltou mais alto após um canto e bateu Marafona, fazendo o 1-1.
Ao intervalo ficava no ar a ideia de que a segunda parte teria emoção acrescida.
E a verdade é que assim foi, desde logo, no retomar do encontro, com o Braga a voltar a marcar mas, desta feita, o videoárbitro (VAR) a mandar o árbitro Manuel Mota ver as imagens. Depois de consultar os meios tecnológicos no monitor, o juiz decidiu assinalar uma falta atacante do Braga e anular o golo.
Por essa altura já André Pinto estava no onze leonino, ele que tinha rendido Mathieu, e, pouco depois, entraria Paulinho num Braga que cresceu no jogo, tinha mais bola e ia rondando as redes de Renan.
Marcel Keizer olhou para o banco e viu Bas Dost, o senhor que se seguiu na equipa do Sporting (para a saída de Luiz Phellype) para tentar travar o domínio bracarense.
Havia, porém, muita influência e fio de jogo nos comandados de Abel Ferreira e o Sporting apenas em atos isolados de um ou outro jogador chegavam perto das redes de Marafona.
Na entrada para os últimos 15 minutos, e por cima dos acontecimentos, o Braga ainda viu Raúl Silva atirar aos ferros da baliza leonina.
Imperava o empate a um golo no Estádio Municipal de Braga quando Ricardo Horta refrescou o ataque arsenalista, já depois de Keixer tirar um esgotado Acuña, que cedeu o lugar a Jefferson.
O jogo caminhava para o final e as grandes penalidades abriam-se como cenário provável e isso notava-se nas movimentações dos protagonistas que procuravam ir apenas para o ataque pela certa e defender com todos.
Os lances de bola parada assumiam também especial importância e foi num livre que o Sporting ficou a pedir penálti sobre Coates por puxão de Claudemir. Depois de consultar o videoárbitro, Manuel Mota decidiu mandar seguir a jogada que gerou controversa.
Os seis de minutos de tempo de desconto nada mudariam num jogo que acabaria por ser decidido nas grandes penalidades. Aí os cerca de 10 mil adeptos presentes nas bancadas viram o Sporting ser mais forte e carimbar a passagem para a final da Taça da Liga, por um resultado de 4-3 na marca dos 11 metros.
Bancada.pt