A população residente em Portugal cresceu menos o ano passado do que em 2019 e ficou mais envelhecida, ao mesmo tempo que diminuiu o número médio de filhos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os números hoje divulgados pelo INE indicam um aumento de 2.343 pessoas (0,02 por cento) na população residente em 2020, que totalizou 10.298.252 pessoas, 5.439.503 mulheres e 4.858.749 homens.
A diferença entre óbitos e nascimentos aumentou o ano passado, com um saldo natural negativo de 38.931. O saldo migratório de 41.274 pessoas, positivo pelo quarto ano consecutivo, explica o “ligeiro acréscimo populacional”, refere o INE.
O número de filhos por mulher em idade fértil desceu duas décimas em 2020 para 1,40, um reflexo da “redução da natalidade” desse ano, acrescenta o organismo estatístico português.
A idade média das mulheres ao nascimento de um filho foi 31,6 anos, mais 1,8 do que em 2010, enquanto a idade média ao primeiro filho aumentou 2,1 anos para 30,2 em relação ao que se passava em 2010.
Em 2020, a população ficou ainda mais envelhecida, com uma proporção de 167 idosos (com 65 e mais anos) para cada 100 jovens (dos 0 aos 14 anos).
O INE refere ainda que a idade mediana (que divide a população em dois grupos com a mesma dimensão) aumentou de 45,5 para 45,8 anos.
Em 2019, Portugal já tinha a terceira idade mediana mais elevada da União Europeia, cuja média para aquele indicador é de 43,9 anos.
Em relação às migrações internacionais, manteve-se “alguma dinâmica” no ano passado apesar das restrições impostas por causa da pandemia da covid-19.
Lusa