06.06.2025 –
O IPC – Instituto Politécnico de Coimbra acaba de conquistar uma nova patente europeia que promete otimizar uma das fases mais críticas da produção de rolhas de cortiça. Intitulada “Estufa de Estabilização para Cortiça e Método de Estabilização”, a invenção introduz um processo mais eficaz e sustentável para a estabilização de pranchas de cortiça, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade final do produto e redução de defeitos como o conhecido “gosto a rolha”.
A tecnologia patenteada permite um controlo rigoroso da temperatura, humidade e arejamento durante o processo, tornando-o mais previsível e menos suscetível à formação de compostos indesejáveis.
O projeto foi desenvolvido no âmbito do programa Lab2Factory, do Politécnico de Coimbra, com contributos de investigadores da Escola Superior Agrária (ESAC-IPC) e do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC-IPC). A equipa técnica é composta por António Amaral, António Barata, Filipe Aguiar, José Martins, Luís Castro, Luís Roseiro, Maria Nazaré Pinheiro e Pedro Beirão.
Luís Castro, investigador do CERNAS e do ISEC/IPC e coordenador do projeto, sublinha: “Desenvolvemos um protótipo autónomo e transportável que assegura as condições ideais para a estabilização da cortiça, contribuindo para prevenir desvios organoléticos e garantir a excelência de um produto em que Portugal lidera mundialmente.”
Por sua vez, Sara Proença, diretora do INOPOL – Academia de Empreendedorismo do IPC, destaca que “esta patente representa mais um passo na valorização do conhecimento gerado no Politécnico de Coimbra. É nossa missão transformar a investigação aplicada em soluções reais para a sociedade e a indústria, aproximando ciência, tecnologia e inovação.”
Portugal é o maior produtor mundial de rolhas de cortiça, e esta nova solução poderá representar um avanço estratégico para o setor, com impacto direto na competitividade e qualidade da produção nacional.