Porta-voz das autoridades tinha avançado que ambos eram portugueses.
O homem que morreu no domingo a bordo de um voo para a Irlanda é, afinal, brasileiro, e a passageira detida posteriormente por suspeita de tráfico de droga é angolana, retificaram hoje as autoridades locais.
Segundo um porta-voz da polícia, que inicialmente indicou à agência Lusa que ambos teriam nacionalidade portuguesa, só hoje foi confirmado que o homem viajava com um passaporte brasileiro e a mulher com um passaporte angolano.
A Gardaí, a polícia irlandesa, não adiantou se os dois viajavam juntos.
Ambos viajavam entre Lisboa e Dublin, num voo que foi desviado para a cidade de Cork porque o brasileiro, de 25 anos, segundo a polícia, “se tornou agitado”.
Relatos de outros passageiros reproduzidos na imprensa irlandesa referem que o homem começou a gritar e mordeu um outro passageiro, pelo que teve de ser agarrado, acabando por perder a consciência.
Ao mesmo tempo que o voo foi desviado do destino final, um médico e uma enfermeira que também viajavam no avião prestaram assistência, mas o homem acabou por ser declarado morto no aeroporto às 18:40 locais [mesma hora em Lisboa].
Uma autópsia terá lugar esta tarde no Hospital da Universidade de Cork, onde foi também assistido o passageiro ferido na mão.
Foi à saída, ao questionar os restantes passageiros e tripulação e examinada a bagagem que foram encontrados 1,8 quilogramas de anfetaminas na bagagem da mulher de 44 anos, que agora se confirmou ter um passaporte angolano.
Foi detida às 23:00 sob suspeita de tráfico de droga e encontra-se a ser interrogada pela polícia, devendo depois ser presente a um juiz.