“Pensamos que se trata do mesmo homem que foi o autor dos atentados”, disse um porta-voz da polícia, Torben Moelgaard Jensen, durante uma conferência de imprensa. Segundo a versão da polícia, elaborada sobretudo a partir de gravações de vídeo, o homem abriu fogo contra um centro cultural onde se realizava um debate sobre blasfémia, um incidente em que morreu um homem e três agentes ficaram feridos.
O suspeito deslocou-se depois num veículo, que foi encontrado a três quilómetros do local e apanhou um táxi em direção ao bairro de Norrebro, onde foi abatido, de madrugada, depois de alegadamente ter protagonizado um segundo tiroteio frente a uma sinagoga.
O homem – descrito como um jovem entre os 25 e 30 anos de “feições árabes” – permaneceu cerca de 20 minutos naquele local, localizado graças à ajuda do taxista, e a partir do qual se dirigiu ao centro da capital, onde de madrugada matou um jovem judeu de uma sinagoga e feriu dois agentes.
“Há várias coisas que apontam para que assim tenha sido e nada indica todavia que tenha tido colaboradores, apesar de ser algo que devemos investigar em mais detalhe”, afirmou o inspetor Jorgen Skov numa breve declaração em que a polícia não aceitou perguntas. As autoridades não facultaram mais dados sobre a identidade ou os motivos do suspeito.
O primeiro tiroteio ocorreu durante a tarde de sábado num centro cultural em que se realizava um debate sobre a liberdade de expressão, para o qual estava convidado o artista sueco Lars Vilks, que vive há anos sob proteção policial devido às ameaças de grupos islâmicos depois de desenhar Maomé como um cão.
Fonte http://www.jn.pt/