Um polícia norte-americano foi baleado quarta-feira em Brooklyn, Nova Iorque, durante o recolher obrigatório decretado para conter os protestos pela morte do afro-americano George Floyd, que morreu sob custódia judicial, segundo as autoridades.
Segundo a Polícia de Nova Iorque, o tiroteio aconteceu quase quatro horas depois de ter entrado em vigor o recolher obrigatório.
As circunstância do tiroteio, incluindo o estado do agente, não são ainda conhecidas, não se sabendo se o incidente está relacionado com os protestos que se têm repetido por todo o país por causa da morte de Floyd às mãos da Polícia, em Minneapolis, no estado de Minnesota.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostrava ruas cheias de carros da polícia no local do incidente.
Em Brooklyn, várias marchas de protesto continuaram após o recolher obrigatório que as autoridades impuseram para impedir que as lojas fossem danificadas e saqueadas.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Pelo menos nove mil pessoas foram detidas desde o início dos protestos, e as autoridades impuseram recolher obrigatório em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, já ameaçou mobilizar os militares para pôr fim aos distúrbios nas ruas.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
Lusa